Ao menos 37 policiais e recrutas morreram neste domingo em dois atentados no I�men, um deles reivindicado pelo grupo extremista Estado Isl�mico (EI), no porto de Mukalla, regi�o leste do pa�s.
O EI atacou pela segunda vez em poucos dias a cidade de 200.000 habitantes, recuperada h� apenas um m�s das m�os do grupo rival Al-Qaeda pelas for�as do governo com o apoio da Ar�bia Saudita, Emirados �rabes Unidos e Estados Unidos.
Um homem-bomba se infiltrou entre v�rios jovens recrutas reunidos na sede da pol�cia em Mukalla no distrito de Fuwah, e detonou os explosivos. Ao menos 31 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas.
Pouco depois, um segundo ataque com explosivos diante do escrit�rio do chefe de pol�cia da regi�o de Hadramut, o general Mubarak al-Oubthani, matou seis seguran�as do comandante e deixou um oficial ferido.
Em um comunicado divulgado na internet, o EI reivindicou o ataque suicida, a segunda interven��o do grupo extremista em uma �rea conhecida por ser um reduto da rival Al-Qaeda.
"O irm�o Abu al-Bara al-Ansari detonou o cintur�o de explosivos em um encontro de ap�statas das for�as de seguran�a", afirma o comunicado.
Na quinta-feira, o EI reivindicou tr�s atentados suicidas contra o ex�rcito iemenita em Jalf, ao leste de Mukalla, que mataram 15 pessoas.
No primeiro, um integrante do grupo for�ou a passagem na entrada de uma base militar e e provocou a explos�o do carro-bomba que dirigia, abrindo assim o caminho para um segundo carro-bomba, que foi detonado dentro da base.
Ao mesmo tempo foram registrados confrontos com armas autom�ticas fora da base entre militares e extremistas.
Outro carro-bomba foi detonado nas proximidades da resid�ncia do comandante militar de Hadramut, o general Faraj Salmin, que escapou ileso.
'250 jihadistas capturados'
O general havia anunciado na sexta-feira a captura de "250 membros" da Al-Qaeda desde a reconquista do controle de Mukalla e das localidades costeiras dos arredores, incluindo o comandante da cidade de Shiht, 60 km ao leste.
A expuls�o da Al-Qaeda da regi�o foi obtida gra�as ao apoio das for�as especiais dos Emirados �rabes Unidos e da Ar�bia Saudita.
O Pent�gono revelou na semana passada o envio de um "n�mero muito reduzido" de militares americanos ao redor de Mukalla para apoiar a opera��o.
A Marinha americana tem v�rios navios nas proximidades, incluindo uma embarca��o de ataque anf�bio, o "USS Boxer", e dois destr�ieres.
A ofensiva contra a Al-Qaeda acontece em meio a uma tr�gua e a conversa��es de paz entre o governo e os rebeldes xiitas huthis.
Extremistas da Al-Qaeda e do EI ganharam vantagem no conflito e ampliaram sua presen�a em Hadramut e outras �reas do sul do I�men, incluindo a segunda maior cidade do pa�s, �den, onde fica a sede do governo.
O EI reivindicou v�rios ataques contra alvos do governo e da coaliz�o nos �ltimos meses.
Washington considera a Al-Qaeda na Pen�nsula Ar�bica (AQPA) a mais perigosa rede jihadista. Nas �ltimas semanas intensificou a guerra com drones contra o grupo.
Mas os extremistas mant�m uma forte presen�a na regi�o e ainda controlam v�rias localidades no Vale de Wadi Hadramut.
A guerra no I�men, um conflito entre o governo, apoiado pela Ar�bia Saudita e Washington, e os rebeldes xiitas huthis, respaldados pelo Ir�, come�ou em mar�o de 2015 e deixou mais de 6.400 mortos, 30.500 feridos e 2,8 milh�es de deslocados, de acordo com a ONU.