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Estado de Minas

Atirador de Orlando se inspirou no EI, mas n�o seguiu ordens do grupo


postado em 13/06/2016 22:40

O autor do massacre em uma boate gay de Orlando se inspirou no grupo extremista Estado Isl�mico (EI), mas n�o seguiu suas ordens, informaram nesta segunda-feira as autoridades � medida que surgiam detalhes do pior atentado dos Estados Unidos desde 11 de setembro de 2001.

Na madrugada de domingo, Omar Mateen, um americano de origem afeg�, invadiu, armado com um fuzil e uma pistola, a boate 'Pulse', que celebrava uma "noite latina" com shows de 'drag queens' nesta cidade tur�stica conhecida por seus parques de divers�es.

Tr�s horas depois, 49 pessoas, al�m do atirador, estavam mortas e outras 53 ficaram feridas. As autoridades de Orlando identificaram 48 v�timas fatais, que em sua grande maioria tinha sobrenomes latinos.

O grupo extremista Estado Isl�mico (EI) confirmou nesta segunda a autoria do ataque e apresentou Omar Mateen como "um dos soldados do califado no Estados Unidos".

Mas a Pol�cia Federal (FBI) segue investigando se Mateen, nascido em Nova York e que tinha 29 anos, era um extremista em uma miss�o ou um "lobo solit�rio" inspirado pela propaganda radical isl�mica para realizar o que o presidente Barack Obama denunciou como um "ato de terror e um ato de �dio".

"Por agora, n�o vemos nenhuma indica��o de que isto foi um ataque dirigido do exterior, e n�o vamos nenhuma indica��o de que ele fazia parte de alguma rede" terrorista, disse o diretor do FBI, James Comey.

Mas Comey disse que o FBI estava "altamente seguro" que Mateen se "radicalizou" ao menos em parte atrav�s da internet e que manifestou trabalhar para o l�der do EI, Abou Bakr al- Baghdadi, em uma s�rie de chamadas durante o ataque.

"E claro, estamos tratando de entender que papel pode ter desempenhado na motiva��o destes ataques � intoler�ncia anti-gay", assinalou, destacando que a investiga��o ainda est� em sua fase preliminar.

O ataque despertou a como��o mundial, mas tamb�m p�s em evid�ncia a estrat�gia anti-terrorista americana e as leis sobre armas. O suspeito p�de comprar legalmente um rifle e uma pistola apesar de ter levantado alarmes.

O FBI admitiu que havia investigado previamente Mateen, que vivia em Port St Lucie, Fl�rida, a duas horas de carro de Orlando, mas o exculpou de la�os extremistas.

Atirador frio e met�dico

Familiares e conhecidos descreveram um homem violento e inst�vel que batia na sua ex-esposa e fazia coment�rios homof�bicos.

Mateen, funcion�rio de uma companhia de seguran�a, irrompeu no 'Pulse' �s 02H00 locais (03H00 de Bras�lia) de domingo com um rifle e uma pistola. Ap�s disparar contra v�rias pessoas, se trancou com ref�ns nos banheiros e ligou para o servi�o de emerg�ncia (911) para expressar sua lealdade ao Estado Isl�mico.

Um dos feridos, �ngel Col�n Jr., de 26 anos, descreveu a seu pai que o agressor era frio e agiu de forma met�dica. at� que apareceu uma equipe das for�as especiais que o enfrentou at� mat�-lo.

"Ele passava por cada pessoa ca�da no ch�o e atirava para ter certeza de que ela estava morta", explicou a seu pai, que tamb�m se chama �ngel Col�n, ao sair do hospital Orlando Regional Medical Center.

O presidente Barack Obama, l�deres mu�ulmanos dos estados Unidos, o papa Francisco e dirigentes do mundo inteiro condenaram o ataque, considerado como o pior ato terrorista em solo americano desde os de 11 de setembro de 2001.

Obama viajar� na quinta-feira a Orlando para "apresentar suas condol�ncias �s fam�lias das v�timas e manifestar sua solidariedade a uma comunidade que tenta se recuperar", disse o porta-voz presidencial Josh Earnest.

O Conselho de Seguran�a da ONU condenou com "a maior firmeza poss�vel o atentado terrorista" em Orlando, e comunicou sua "mais profunda" simpatia �s fam�lias das v�timas e ao governo americano.

O Conselho reafirmou que "o terrorismo, em todas as suas formas, constitui uma das mais graves amea�as para a paz e a seguran�a internacionais", e pediu aos pa�ses-membros que o "combatam por todos os meios", respeitando o direito internacional.

De forma simb�lica, a Torre Eiffel da capital francesa e o Empire State em Nova York se iluminar�o na noite desta segunda com as cores da bandeira arco-�ris, adotada pelos grupos gay.

Vig�lias de solidariedade foram realizadas os EUA e no exterior. Mais de 100.000 pessoas marcharam em Los Angeles em uma parada j� programada.

Mas o luto nacional n�o ir� sobreviver por muito tempo em um momento em que a campanha para as elei��es presidenciais de novembro se intensifica.

O candidato republicano Donald Trump redobrou sua proposta de proibir a entrada de mu�ulmanos nos Estados Unidos, chamando a "suspender a imigra��o" proveniente de pa�ses com "hist�rico de terrorismo".

"Se n�o nos mexermos duramente, se n�o nos mexermos inteligentes e rapidamente, n�o teremos mais o nosso pa�s", assinalou Trump em um discurso em New Hampshire (nordeste).

A democrata Hillary Clinton prometeu lutar contra o fen�meno da "auto-radicaliza��o" em tempo de regular o acesso �s armas.

"� essencial que impe�amos os terroristas de obter as ferramentas para realizar os seus ataques (...) Creio que as armas da guerra n�o tenham espa�o em nossas ruas", afirmou.

"Se o FBI te vigia por suspeitas de la�os terroristas, n�o deveria poder simplesmente comprar uma arma, sem nenhum tipo de perguntas", disse Clinton em Cleveland (norte).

Coletes-bomba

Testemunhas recordam cenas de caos, corpos caindo e sangue por toda parte � medida que a festa se convertia em uma trag�dia em um local fechado.

"Era um caos completo", disse o jovem Janiel Gonzalez � AFP. "As pessoas gritavam 'me ajudem, me ajudem, estou preso'".

O chefe da pol�cia de Orlando, John Mina, disse que logo tomou a "dif�cil" decis�o de entrar no clube, depois que Mateen mencionou por telefone "coletes-bomba" e "explosivos".

Um carro blindado da pol�cia destruiu uma parede e irrompeu no local, e mais agentes se somaram ao tiroteio que culminou com a morte do atirador.

"Sab�amos que era a decis�o correta e cremos que prevenimos uma eventual perda de vidas e salvamos muitas, muitas vidas", disse Mina em uma coletiva de imprensa nesta segunda.


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