(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Autor de massacre em Orlando, um assassino 'perturbado' e 'radicalizado'


postado em 14/06/2016 19:40

O autor do massacre em uma boate gay de Orlando, que ele supostamente frequentava, era um jovem "perturbado e inst�vel que se radicalizou", afirmou nesta ter�a-feira o presidente Barack Obama.

Os investigadores privilegiam a tese do "lobo solit�rio", impulsionado por motiva��es islamitas radicais para explicar o que est� por tr�s da atitude do homem, cujo complexo passado ainda � obscuro.

Segundo o FBI, Mateen anunciou no �ltimo minuto sua ades�o ao grupo Estado Isl�mico (EI) em um telefonema ao 911 e o grupo extremista assumiu a autoria do ataque na segunda-feira e confirmou, em sua emissora de r�dio, que o atacante pertencia �s suas fileiras.

O pior atentado em solo americano desde 11 de setembro de 2001, deixou 49 mortos, a maioria de origem latina, e 53 feridos na boate Pulse, um marco da comunidade gay desta cidade do sudeste dos Estados Unidos, mundialmente conhecida por seus parques tem�ticos.

Entre os feridos, 27 permaneciam hospitalizadas, seis em estado cr�tico.

Depois de uma reuni�o com seus assessores de seguran�a, Obama expressou sua solidariedade aos sobreviventes e aos parentes dos mortos, assim como com a comunidade de l�sbicas, gays, bissexuais e transg�nero (LGBT), "que foi atacada".

"Quero lembr�-los que n�o est�o sozinhos. O povo americano e nossos aliados e amigos em todo o mundo est�o com voc�s", disse Obama em sua terceira declara��o a respeito do ataque.

Obama reiterou a tese oficial de que o atacante, Omar Mateen, agiu sozinho, sem receber ordens do EI, embora inspirado na propaganda on-line dos extremistas, desenhando o retrato de um "jovem irritado, perturbado e inst�vel que se radicalizou".

O presidente viaja na quinta-feira a Orlando para dar os p�sames �s fam�lias das v�timas.

Obama tamb�m atacou o candidato republicano � Casa Branca, Donald Trump, por seus coment�rios incendi�rios contra os mu�ulmanos.

"Onde isto acaba? (...) Vamos come�ar a tratar todos os mu�ulmanos americanos de forma diferente?! Vamos come�ar a coloc�-los sob vigil�ncia especial?!" - disse incomodado.

"Estou morto"

Tr�s dias depois da trag�dia, o testemunho do sobrevivente Angel Colon, de 26 anos, que levou tr�s tiros na perna, lan�ou luzes sobre o horror do tiroteio.

"Levei tr�s tiros na perna e ca�. Tentei me levantar, mas todos come�aram a correr em todas as dire��es. Pisaram em mim e os ossos da minha perna esquerda se romperam, se quebraram. A partir desse momento, n�o conseguia mais caminhar", disse Colon nesta ter�a-feira, cercada da equipe de emerg�ncia m�dica que, segundo ele, salvou sua vida.

Ap�s brevemente descarregar suas armas contra outras v�timas em outra parte da boate, Mateen retornou na dire��o de Colon, atirando nas pessoas ca�das, segundo o sobrevivente, "certificando-se bem de que estivessem mortos".

"Escutei (os tiros) mais de perto, me virei e ele atirou na mo�a que estava do meu lado. Eu ali, estendido. Pensei, 'sou o pr�ximo. Estou morto'", lembrou.

O ataque comoveu a comunidade latina de Orlando. Uma vig�lia na �ltima hora da segunda-feira reuniu uma comunidade profundamente chocada no jardim de um centro de artes desta cidade, com discursos em ingl�s e espanhol.

A esposa do atacante, Noor Mateen, parecia pressentir que algo ocorreria e supostamente tentou dissuadi-lo, segundo v�rias emissoras de TV americanas. Foi detida, mas coopera com as autoridades, segundo as mesmas fontes. O FBI n�o quis confirmar estas vers�es.

Fregu�s do Pulse

Sua primeira mulher evocou um passado de viol�ncia conjugal, e seu pai tinha ressaltado a homofobia de Mateen, que era casado e tinha um filho.

Mas na segunda-feira, uma faceta desconhecida veio � tona, depois de alguns depoimentos de que Mateen era cliente ass�duo da boate Pulse, a mesma que atacou no domingo.

"�s vezes se sentava em um canto para beber sozinho, outras vezes ficava t�o b�bado que se tornava barulhento e agressivo", disse Ty Smith ao jornal Orlando Sentinel.

Outros clientes da boate disseram a ve�culos locais que Mateen tinha usado aplicativos para encontros de homossexuais, inclusive o Grindr, com conhecidos comuns para fazer contato.

O FBI investigou em 2013 e 2014 Mateen, que expressou sua lealdade ao grupo Estado Isl�mico durante o ataque, "por eventuais v�nculos com terroristas", mas estas investiga��es foram arquivadas por falta de provas.

A hip�tese de uma pista homossexual, se for confirmada, poderia liberar o FBI de uma situa��o dif�cil por ter observado a radicaliza��o de Mateen, sem evitar que passasse � a��o.

Disney refor�a seguran�a

O ataque tamb�m reativou a discuss�o sobre o controle de armas. Exonerado pelo FBI e sem antecedentes judiciais, Mateen conseguiu adquirir, em total legalidade, dias antes do ataque, uma arma curta e outra longa.

A Casa Branca pediu ao Congresso republicano para aprovar leis que controlem a venda de fuzis de assalto, como o usado em Orlando, uma medida que os conservadores veem como um atentado ao seu direito constitucional de portar armas.

O poderoso lobby das armas descartou esta proposta, destacando que os "terroristas do Isl� radical n�o s�o dissuadidos por leis que controlam as armas".

O massacre continuou suscitando rea��es de horror e solidariedade em todo o mundo.

Uma delas foi a do rei Salman, da Ar�bia Saudita, pa�s onde a homossexualidade � crime: "Este revoltante ato criminoso � inaceit�vel do ponto de vista religioso ou de qualquer norma ou conven��o internacionais".

Al�m disso, fez aumentar os alertas de seguran�a.

A Disney refor�ou a seguran�a de seus parques de divers�es, ap�s a revela��o de que o assassino de Orlando teria visitado e considerado um ataque no Walt Disney World, na Fl�rida.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)