Barack Obama e seu vice-presidente Joe Biden viajam para Orlando nesta quinta-feira em apoio �s fam�lias das v�timas do massacre de domingo em uma boate gay e para encontrar aqueles que agiram "heroicamente" desde a trag�dia.
Quatro dias ap�s o massacre, que fez 49 mortos e 53 feridos e que foi reivindicado pelo grupo Estado Isl�mico ao qual o assassino jurou fidelidade, o presidente dos Estados Unidos chega a uma cidade que inicia seu luto.
Obama pretende "afirmar que o pa�s est� ao lado da popula��o de Orlando" e da "comunidade LGBT" (l�sbicas, gays, bissexuais e transexuais), afirmou na quarta-feira Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca.
O presidente americano pretende se reunir com as fam�lias das v�timas para "oferecer condol�ncias e conforto", e tamb�m planeja se encontrar com as equipes de emerg�ncia, m�dicos, enfermeiros e param�dicos, "que agiram heroicamente" e "de forma corajosa", sem qualquer preocupa��o com sua pr�pria seguran�a.
O ataque, o mais grave nos Estados Unidos desde o 11 de setembro, foi cometido por um americano de origem afeg�, Omar Mateen, que foi morto durante um tiroteio com a pol�cia.
Este massacre reviveu o debate sobre a venda controlada de armas de fogo, que op�e republicanos e democratas.
O assassino, que foi alvo no passado de investiga��es por supostas liga��es com redes extremistas, comprou as armas utilizadas no ataque, um fuzil e uma pistola, legalmente.
A este respeito, os democratas obtiveram uma pequena vit�ria ao conseguir, ap�s 14 horas de obstru��o parlamentar, fazer avan�ar um projeto de lei limitando o acesso a armas de suspeitos de terrorismo. O texto dever� agora ser examinado no Senado.
Mas isso n�o garante sua ado��o, uma vez que uma medida semelhante falhou em dezembro na c�mara alta, onde a maioria republicana votou contra.
- "Paremos com isso" -
O texto prev� proibir pessoas que est�o em uma lista de vigil�ncia terrorista ou em uma lista de exclus�o de voo de comprar armas de fogo.
O jornal Boston Globe publicou nesta quinta-feira em sua capa uma imagem impressionante de um fuzil sobre o qual escreveu "paremos com isso".
O candidato republicano � Casa Branca Donald Trump sugeriu na quarta-feira que poderia ser favor�vel a este texto, com o risco de provocar uma briga com o poderoso lobby das armas e seu partido.
Em Orlando e seus arredores, as vig�lias e funerais come�aram na quarta-feira, como o de Javier Jorge-Reyes, um vendedor de 40 anos de origem porto-riquenha.
No est�dio da cidade, o Camping World Stadium, onde foi instalado um centro de assist�ncia aos sobreviventes e parentes das v�timas, dezenas de pessoas vieram em busca de ajuda para lidar com os diversos procedimentos administrativos necess�rios.
As manifesta��es tamb�m continuaram na quarta-feira, como o evento de caridade organizado no club gay Southern Nights, destinado a angariar fundos para a equipe do Pulse, a boate alvo do ataque.
Uma mensagem era retransmitida quase simultaneamente na igreja Trinity Downtown, durante uma reuni�o de ora��o. O pastor carism�tico Billy Brath explicou que foi v�rias vezes ao Pulse, elogiando o apoio da cidade de Orlando � comunidade LGBT.
Quanto a investiga��o, o promotor Lee Bentley n�o quis fornecer detalhes sobre um eventual processo contra a esposa de Omar Mateen, Noor Salman. Uma equipe estuda atualmente os elementos relativos ao caso para determinar se s�o suficientes para acus�-la.
Noor Salman poderia estar ciente das inten��es de seu marido, sem informar as autoridades. O promotor tamb�m j� avisou que n�o tolerar� amea�as contra a comunidade mu�ulmana, ap�s den�ncias de v�rios ataques de cunho racista.