Animados por sua f� inabal�vel e pela ansiedade em participar de um grande evento cat�lico, volunt�rios provenientes do mundo inteiro preparam em Crac�via a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o grande encontro dos jovens cat�licos com o papa Francisco, marcado para o final de julho.
Os motivos para viajar � Pol�nia variam, da esperan�a de ter uma experi�ncia extraordin�ria como a que viveram no alegre encontro de 2013 no Rio de Janeiro � vontade de "n�o se sentir o �nico cat�lico na escola", passando pelo desejo de simplesmente buscar "algo diferente".
Uma bandeira da JMJ ondula em um pr�dio hist�rico pr�ximo ao Pal�cio Real de Wawel. Dentro, cerca de 60 jovens dos mais diversos pa�ses teclam a toda velocidade em seus notebooks ou gravam v�deos com o celular para apresentar, por exemplo, a "mochila do peregrino".
Fabiola Goulard-Huguenin, uma brasileira que participou da JMJ em seu pa�s para encontrar com Deus, acabou tamb�m conhecendo o homem de sua vida.
"�ramos volunt�rios no Rio, que foi uma experi�ncia extraordin�ria. E dissemos um para o outro: 'Por que n�o dedicar � Igreja nossos primeiros momentos de casados e participar mais uma vez da JMJ?'", conta.
Por sua parte, Nunzio Fumo, italiano de 21 anos, chegou a Crac�via para fugir da rotina de seu com�rcio em N�poles. "Procuro algo diferente", explicou, afirmando que aprendeu polon�s de forma autodidata na internet. "As pessoas que encontrei aqui representam uma grande riqueza, uma grande diversidade", afirma, visivelmente emocionado.
- Diversidade -
A diversidade, efetivamente, est� assegurada: tr�s irm�os de Samoa, os Leung-Wai, trabalham junto a Martin, Fatima e Ann Margaret, procedentes da Nova Zel�ndia, M�xico e Fran�a, respectivamente.
Redatores e apresentadores de textos e v�deos em ingl�s, eles animam com orgulho as noites de cantoria com os volunt�rios.
Foi F�tima quem os arrastou para a aventura: engenheira eletr�nica, trabalhava na ind�stria do petr�leo at� que um dia decidiu mudar de vida.
"Se me perguntar por que, a resposta � simples: por Jesus", assegura. "Foi Deus que nos trouxe aqui".
Por sua parte, o franc�s Hugues Barth�lemy, de 34 anos, trabalhava h� nove anos como assistente de um eurodeputado franc�s. As experi�ncias da JMJ em Paris, Roma e Madri deram a ele vontade de se envolver mais.
"Procedo de uma fam�lia de tradi��o cat�lica. Na Fran�a, com frequ�ncia, voc� se sente o �nico cat�lico da sua sala de aula. E, na JMJ, de repente, �ramos um milh�o", explica.
O barulho vai diminuindo pouco a pouco. � a hora do ros�rio da Divina Miseric�rdia (tema do Ano Santo proclamado por Francisco), recitado �s tr�s da tarde, cada dia em um idioma diferente.
A partir do dia 26 de julho, Crac�via acolher� mais de um milh�o de jovens.
Depois de passar v�rios dias na cidade de Jo�o Paulo II, viajar�o ao Campo da Miseric�rdia, a poucos quil�metros de dist�ncia, para uma vig�lia a c�u aberto com o Papa e a missa final, no domingo dia 31 de julho.