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Estado de Minas

Confer�ncia da OMS ressalta impacto da mudan�a clim�tica na sa�de


postado em 07/07/2016 16:55

O mundo deve se preparar para os impactos potencialmente devastadores das mudan�as clim�ticas na sa�de humana, disseram autoridades de v�rias partes do mundo reunidas em Paris nesta quinta-feira.

Algumas dessas consequ�ncias podem ser evitadas se a humanidade diminuir radicalmente o uso de combust�veis f�sseis nas pr�ximas d�cadas, mas muitas delas j� est�o sendo sentidas, disseram os participantes na abertura de uma confer�ncia de dois dias organizada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).

"Sa�de e clima s�o indissoci�veis porque a sa�de humana depende diretamente da sa�de do planeta", afirmou a ministra francesa do Meio Ambiente, S�gol�ne Royal.

Royal, que tamb�m � presidente rotativa das conversa��es da ONU sobre a melhor forma de lidar com o aquecimento global, disse que os impactos na sa�de devem desempenhar um papel mais central nas futuras negocia��es.

"De agora em diante, vou fazer o meu melhor para garantir que a sa�de esteja integrada em todas as futuras confer�ncias sobre o clima", come�ando com um f�rum especial na pr�xima reuni�o clim�tica da ONU em novembro em Marrakesh, na qual participar�o 196 na��es, disse a ministra � AFP.

No Acordo de Paris, assinado em dezembro do ano passado, os pa�ses se comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2� Celsius, al�m de ajudar as na��es pobres a lidarem com seus impactos.

Um n�mero crescente de estudos cient�ficos prev� um cen�rio alarmante de sofrimento humano causado por altera��es nos padr�es clim�ticos, eleva��o dos mares, secas e supertempestades.

Al�m disso, os casos de doen�as tropicais como mal�ria, dengue e zika, entre outras, est�o aumentando conforme os insetos que as transmitem se espalham com o aquecimento global.

Setor da sa�de 'sub-representado'

Ondas de calor extremas que dever�o ocorrer a cada d�cada, em vez de uma vez por s�culo, v�o fazer mais v�timas, especialmente entre doentes e idosos.

Em 2005, a OMS estimou que per�odos quentes provocavam 150.000 mortes anualmente. Mais de 45.000 morreram s� na Europa devido a uma onda de calor no ver�o de 2003.

A maior preocupa��o de todas talvez seja a amea�a para o abastecimento alimentar global.

"Podemos alimentar tantas pessoas" - nove bilh�es na metade do s�culo, segundo proje��es da ONU - "quando o clima que nos sustenta est� mudando de maneira t�o adversa?", perguntou � plateia Letizia Ortiz, rainha da Espanha e embaixadora especial para a Organiza��o das Na��es Unidas para Alimenta��o e Agricultura.

Muitos alimentos b�sicos, especialmente nos pa�ses em desenvolvimento, n�o podem se adaptar r�pido o suficiente �s mudan�as do tempo, resultando em rendimentos mais baixos.

Os peixes, que s�o a principal fonte de prote�na para bilh�es de pessoas, n�o s� escassearam pela colheita industrial, mas est�o migrando conforme os oceanos aquecem e os recifes de coral morrem.

�s vezes a sa�de � mais prejudicada pelas fontes, e n�o pelos impactos, das mudan�as clim�ticas provocadas pelo homem.

A OMS estima que sete milh�es de pessoas morrem a cada ano por causa da polui��o do ar, que tamb�m contribui para o aquecimento global como um g�s do efeito estufa.

"O setor da sa�de tem sido sub-representado nesta discuss�o, quando voc� pensa sobre os milh�es de vidas que ser�o afetados, e at� mesmo perdidas", disse Richard Kinley, chefe interino do f�rum clim�tico da ONU.

"O mundo j� est� comprometido com n�veis altos de altera��o clim�tica. O setor da sa�de ter� que lidar com as consequ�ncias", completou Kinley.

A Segunda Confer�ncia Global sobre Sa�de e Clima terminar� na sexta-feira com uma proposta de "programa de a��o" para os governos nacionais.


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