(ANSA) - O Estado-Maior do Ex�rcito da Turquia anunciou nesta sexta-feira, que tomou o controle do pa�s, em um golpe contra o primeiro-ministro Binali Yildirim e o presidente Recep Tayyip Erdogan. "Para recuperar nossos direitos humanos, constitucionais e democr�ticos, estamos oficialmente assumindo o controle do pa�s", diz uma declara��o da ala das For�as Armadas respons�vel pela revolta, que mant�m o antigo chefe do Estado-Maior como ref�m.
Todos os voos para o Aeroporto de Ataturk, em Istambul, foram cancelados, segundo a rede "SkyNews".
Por volta das 22h, tiros foram ouvidos em Ancara, capital do pa�s, onde ca�as faziam voos rasantes e helic�pteros militares tomavam os c�us. Em seguida, foram fechadas as duas pontes sobre o estreito de B�sforo, em Istambul, no sentido �sia-Europa - no caminho inverso, o tr�fego seguiu fluindo.
Logo depois foi bloqueado o acesso �s redes sociais, e militares invadiram a sede da TV estatal. Al�m disso, tanques se dirigiram ao Aeroporto Internacional de Ataturk, em Istambul, o mais movimentado do pa�s.
"Os autores [do golpe] pagar�o o pre�o mais alto", garantiu Binali Yildirim, que ainda prometeu usar "for�a contra a for�a". Nos �ltimos meses, o presidente Erdogan vinha sendo acusado de promover uma deriva autorit�ria no pa�s, atingindo at� alguns de seus antigos aliados.
Al�m disso, o pa�s convive com a amea�a do terrorismo do Estado Isl�mico (EI) e de grupos separatistas curdos. O partido AKP, fundado por Erdogan, � acusado de interferir na justi�a para abafar casos de corrup��o e de censurar a imprensa. Para isso, fechou jornais opositores e afastou ju�zes tidos como "advers�rios".
Erdogan foi primeiro-ministro at� 2014, mas no fim de seu mandato foi eleito presidente, mantendo o poder em suas m�os, apesar de a Turquia ser parlamentarista. Nos �ltimos meses, vinha tentando emplacar uma mudan�a para o regime presidencialista, o que lhe deria ainda mais for�a. Segundo a emissora "CNN", apesar do golpe, ele se encontra a salvo.