(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A vida sorri para a atleta mais jovem dos Jogos do Rio


postado em 05/08/2016 15:22

Aos 13 anos, a menina nepalesa Gaurika Singh conseguiu mais do que muitos se atreveriam a sonhar: sobreviver a um grande terremoto e estar nos Jogos Ol�mpicos, os do Rio, onde � a atleta mais jovem.

"H� dois meses me disseram finalmente que ia competir. Eu me senti como 'uau!', porque nunca acreditei que fosse acontecer", explicou � AFP na Vila Ol�mpica do Rio, onde, confessa, o que mais a surpreendeu foi o tamanho do refeit�rio.

"Meus colegas de escola ficaram muito felizes, me enviaram muitas mensagens e recados desejando boa sorte", afirmou.

Singh ri ao fim de cada frase e tem o cl�ssico sotaque de uma adolescente de Londres, para onde sua fam�lia se mudou quando ela tinha 2 anos.

Do clube do bairro aos Jogos em 5 anos

Come�ou a nadar aos 8 anos no clube de seu bairro, Barnet, e aos 11 foi encorajada a participar de uma competi��o em Katmandu, aproveitando f�rias familiares: venceu quase tudo, batendo v�rios recordes nacionais de adultos, contou seu pai, Paras Singh.

Dois anos depois, em 7 de agosto, entrar� na piscina ol�mpica do Rio para competir nas primeiras eliminat�rias dos 100 metros costas.

Sua melhor marca � 1:08:12, enquanto a da australiana Emily Seebohm, a mais r�pida das que competem no Rio, � dez segundos menor, 58:73.

Singh est� consciente de que sua participa��o pode acabar neste dia, e busca simplesmente bater seu recorde e conhecer Seebohm, mas tamb�m est� decidida a fazer com que estes sejam os primeiros de muitos Jogos.

No caso improv�vel de conquistar uma medalha, n�o ser� a mais jovem da hist�ria a alcan�ar este feito. Esta honra recair�, certamente para sempre, em Dimitrios Loundras, um menino grego que aos 10 anos conquistou um bronze na gin�stica por equipes nos primeiros Jogos da era moderna, os de Atenas-1896.

No entanto, Singh aproveita tudo. "O Rio � lindo! Faz muito calor. O ambiente � muito bom, h� muita dan�a e m�sica. Esta � uma boa ocasi�o para fazer amigos e conhecer gente", contou.

Na Vila Ol�mpica ningu�m a reconheceu como a mais jovem, e ela parece feliz com isso: "espero n�o parecer t�o pequena!", afirmou, soltando uma gargalhada que permitia ver os aparelhos ortod�nticos nos dentes.

O terremoto de Katmandu

Em abril de 2015, a vida se tornou dif�cil para Singh e sua fam�lia. Estavam em Katmandu quando foram surpreendidos pelo grande terremoto que matou mais de 8.000 pessoas.

"Est�vamos em um edif�cio de cinco andares. Est�vamos jogando t�nis de mesa. Aconteceu de repente, fomos para baixo da mesa, era muito pesada. N�o nos movemos e, felizmente, todos sobrevivemos e n�o houve danos", contou.

Seu pai, urologista, permaneceu um m�s no Nepal para ajudar, enquanto ela doou o dinheiro, centenas de libras, que havia acabado de receber por ter quebrado o recorde nacional.

Singh se sente nepalesa. "Vou uma vez por ano, se tenho sorte duas. Gosto de ver a fam�lia e a comida. Gosto da fruta fresca que eles t�m, � melhor no Nepal que na Inglaterra!", exclama.

"Nunca me considerei realmente inglesa, porque tenho o passaporte nepal�s e porque vamos com tanta frequ�ncia que nunca me senti inglesa", afirma, minimizando o fato.

A mensagem de seu pai � simples, para que n�o sinta press�o: "aproveite", disse Paras Singh.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)