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Estado de Minas

EUA e China ratificam acordo de Paris sobre o clima


postado em 03/09/2016 10:55

Estados Unidos e China, os dois pa�ses que mais poluem no planeta, anunciaram neste s�bado em Hangzhou a ratifica��o do hist�rico acordo de Paris para limitar o aquecimento global, uma a��o que pode acelerar sua entrada em vigor.

"Acredito que no fim ficar� provado que este foi um ponto de viragem para nosso planeta", disse Obama em refer�ncia ao acordo de dezembro passado, que classificou como "o momento no qual decidimos salvar o planeta".

Em uma cerim�nia com seu colga Xi Jinping na cidade chinesa, onde o G20 ser� realizado, os dois l�deres entregaram ao secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, os documentos que oficializam a ratifica��o.

"Deram um grande impulso para que o acordo entre em vigor. Sou otimista sobre o fato de que podemos alcan�ar isso antes do fim do ano", disse Ban.

O acordo tem o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a um m�ximo de dois graus cent�grados em rela��o aos n�veis pr�-industriais.

Para que entre em vigor em 2020, como est� previsto, ao menos 55 pa�ses que representem 55% das emiss�es mundiais precisam ratific�-lo.

Juntos, Estados Unidos e China representam 40% das emiss�es de CO2.

A China, que ainda produz mais de 70% de sua energia a partir do carv�o, � respons�vel por cerca de 24% das emiss�es mundiais.

At� agora, 24 pa�ses ratificaram o acordo, mas em sua maioria s�o pequenos Estados insulares que representam apenas uma pequena parte das emiss�es (1,08%).

Segundo a Casa Branca, Obama aproveitar� o G20, um f�rum de pa�ses industrializados e emergentes, para encorajar outros pa�ses, a �ndia em particular, a ratificar o tratado.

Este "efeito chamada" pode acelerar a entrada em vigor do texto que, segundo o instituto Climate Analytics, ser� ratificado at� o fim de 2016 por 34 pa�ses, entre eles Brasil, Canad�, Indon�sia e Jap�o.

- O legado de Obama -

"Agora vemos um caminho claro e cr�vel em dire��o � entrada em vigor do acordo de Paris", indicou Brian Deese, conselheiro para o clima da presid�ncia americana.

"A hist�ria demonstra que, uma vez que estes acordos entrem em vigor e que os Estados Unidos os tenham assinado, ser�o mantidos", explicou Deese.

A Casa Branca afirma que a ratifica��o n�o precisa da aprova��o do Congresso, controlado pela oposi��o republicana.

A rapidez da ratifica��o do texto por parte dos Estados Unidos � explicada pela vontade de Obama de refor�ar seu legado antes do fim de seu mandato, em janeiro, disse Deese.

Uma das quest�es chave � a dos subs�dios �s energias f�sseis, que muitos governos seguem concedendo. "Falar de 'vit�ria' em Paris e continuar dando generosos subs�dios n�o seria compat�vel" com o acordo e inclusive "hip�crita", explicou Li Shuo, um especialista clim�tico do Greenpeace.

A China � o pa�s que mais investe em energia solar, mas ao mesmo tempo as autoridades seguem aprovando a constru��o de centrais de carv�o (ao menos 150 novos projetos em 2015).

Entre 2004 e 2014, a China dobrou seu consumo de carv�o, que alimenta seu persistente problema de polui��o.

� o caso de Hangzhou, onde, para garantir um c�u azul durante a c�pula, as autoridades obrigaram a fechar durante duas semanas as f�bricas em um raio de 300 quil�metros.

Segundo a ONG Climate Transparency, para alcan�ar o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a +2�C at� 2030, as grandes pot�ncias ter�o que multiplicar ao menos por seis seus objetivos atuais de redu��o de emiss�es.

Mas a aplica��o dos acordos de Paris interessa n�o apenas aos governos, mas tamb�m ao setor privado.

Um grupo de institui��es e empresas que representa 13 trilh�es de d�lares de investimentos pediram no fim de agosto ao G20 que o ratifique para evitar os riscos financeiros relacionados �s mudan�as clim�ticas, como inunda��es, secas ou o aumento do n�vel do mar.


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