Os rob�s - Mini Kirobo, RoboHon, Lin-Chan, Robopin, entre outros - se multiplicam este ano no Sal�o da Eletr�nica Ceatec, no Jap�o, embora algumas destas pequenas criaturas se pare�am mais com figuras animadas, cuja intelig�ncia se encontra alojada em uma nuvem inform�tica ou no c�rebro humano.
"Lin-Chan (nome de um rob� assistente da fabricante Sharp) � capaz de ligar o ar-condicionado se lhe dizem que est� fazendo muito calor, ou de nos dizer palavras tranquilizadoras se comentamos com ele que estamos cansados", explica Masaki Takeuchi, um dos seus inventores, no IT & Electronics Comprehensive Exhibition (Ceatec), o sal�o de eletr�nica mais importante da �sia, que � realizado nesta semana em T�quio.
Al�m disso, Lin-Chan se lembra do nome de cada um dos seus interlocutores.
Mas, na verdade, "tudo depende dos servi�os contidos nos servidores externos (cloud computing) que t�m fun��es de intelig�ncia artificial", diz o engenheiro.
"Optamos por esse tamanho (cerca de 15 cm) e essa forma (uma bola) para que esse rob� assistente seja suficientemente vis�vel em casa, mas sem ter uma presen�a excessiva que poderia incomodar", acrescenta.
Mini Kirobo tampouco � inteligente, reconhece a Toyota, que o fabricou inspirando-se em Kirobo, que em 2013 se tornou o primeiro androide astronauta do mundo, quando viajou para a Esta��o Espacial Internacional (ISS) para conversar com o comandante japon�s Koichi Wakata.
Se seu descendente � capaz de conversar com seu dono ou fornecer-lhe informa��es, � porque est� dotado de fun��es de telecomunica��o sem fio com um servidor que concentra todos os dados e algoritmos para analisar e poder responder.
Por sua vez, a companhia Fujitsu, criadora de Robopin, explica que a "intelig�ncia artificial n�o se aplica s� a estas criaturas", que imitam mais ou menos o homem ou o animal, "mas tamb�m a todos os aparelhos da vida cotidiana".
A Fujitsu planeja introduzir, por exemplo, uma dose de intelig�ncia artificial em um caixa eletr�nico, e a Sharp nos aspiradores de p� aut�nomos e nos fornos de micro-ondas.
O selo AI (intelig�ncia artificial, por suas siglas em ingl�s) aparece com frequ�ncia nos aparelhos para destacar sua capacidade intelectual, que pode se aproximar � dos humanos ou at� mesmo ultrapass�-las.
- Ainda muito longe da intelig�ncia humana -
Superar os humanos � poss�vel em determinados casos - por exemplo, no xadrez, com o c�lculo antecipado de todas as jogadas poss�veis, ou na classifica��o de caixas de medicamentos por um rob� industrial -, mas a capacidade de avaliar cada situa��o em fun��o de uma quantidade incomensur�vel de par�metros, como faz o c�rebro humano, continua sendo um objetivo muito distante, considera o criador de rob�s Katsumori Sakakibara.
"Tomemos o exemplo de um rob� androide capaz de fazer trabalhos dom�sticos. Ele encontra no ch�o um parafuso de um brinquedo do seu filho. Primeiro ele vai pensar em descart�-lo, mas talvez o reconhe�a e mude de ideia. Mas ser� que ele vai persistir em jogar o parafuso fora se recordar que na v�spera a crian�a decidiu jogar o brinqueto no lixo?", pergunta Sakakibara.
"Um ser humano pode fazer este racioc�nio em poucos segundos, mas ainda ser� necess�rio bastante tempo para que um rob� possa igual�-lo", responde Sakakibara, criador do rob� Caiba.
Nada iguala a intelig�ncia e a comunica��o humanas, e por esse motivo Caiba n�o � inteligente, limitando-se a reproduzir os gestos de um ser humano ou retransmitir sua palavra, explica o engenheiro.
Caiba � controlado remotamente por uma pessoa que tamb�m ouve o que o rob� capta com seus microfones e v� em um tela o que o rob� v� com as c�meras dos seus olhos.
Quando o instrutor move os bra�os, o rob� faz o mesmo, e quando ele vira a cabe�a, a m�quina imita o gesto quase em tempo real.
"Voc� pode colocar esses rob�s em v�rios pontos de um aeroporto, e apenas uma pessoa no comando, em uma �rea remota. Isso permite que este piloto esteja virtualmente presente em v�rios locais e responda �s solicita��es dos viajantes sem ter de se mover", explica Sakakibara.
"A AI perfeita continua sendo o c�rebro humano", acrescenta.