Os dirigentes das pot�ncias emergentes reunidas no BRICS (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) se re�nem neste fim de semana em sua c�pula anual na �ndia, em um momento em que o bloco v� seu peso diminu�do por suas dificuldades econ�micas.
O grupo BRICS, cujos membros, juntos, somam 53% da popula��o mundial e 16 trilh�es de d�lares de PIB, foi criado em 2011 para utilizar sua influ�ncia econ�mica e pol�tica conjunta a fim de contrabalan�ar o Ocidente na gest�o dos assuntos do mundo.
Mas na reuni�o de l�deres desses cinco pa�ses no s�bado e no domingo em Goa (sul da �ndia), o �nico que poder� se orgulhar dos resultados econ�micos de seu pa�s ser� o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Segundo as proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), a economia indiana registrar� para 2016/2017 uma expans�o de 7,6%, n�vel equivalente ao exerc�cio anual anterior.
J� o restante deste grupo n�o poder� dizer o mesmo.
R�ssia e Brasil ca�ram recentemente em recess�o, uma situa��o que no m�s passado a �frica do Sul conseguiu evitar por pouco. J� o crescimento da China, motor da economia mundial, se viu seriamente desacelerado.
- Com�rcio, crescimento, S�ria -
Os dirigentes dos BRICS debater�o sobre "as perspectivas de crescimento mundial, o papel do grupo e sua contribui��o para este crescimento", informou Amar Sinha, do minist�rio de Rela��es Exteriores indiano.
O aquecimento clim�tico, a seguran�a regional, tamb�m est�o na ordem do dia, afirmou.
A R�ssia tamb�m deve introduzir nos debates o tema da S�ria, cujo regime Moscou apoia e ajuda em seu combate contra os rebeldes e extremistas, apesar das cr�ticas e denuncias da comunidade internacional.
"O terrorismo internacional e o processo de paz na S�ria" ser�o discutidos, indicaram os servi�os do presidente russo, Vladimir Putin, em um comunicado.
Os l�deres internacionais "manter�o discuss�es sobre a coopera��o do BRICS assim como outros temas mundiais e regionais", informou o vice-ministro de Rela��es Exteriores chin�s, Li Baodong, segundo as declara��es atribu�das � ag�ncia China Nova.
Michel Temer aproveitar� o evento para tentar refor�ar os interc�mbios comerciais brasileiros com o resto grupo.
� margem da c�pula est�o previstos encontros bilaterais para conversas mais substanciais. O nacionalista hindu Narendra Modi receber� o presidente chin�s Xi Jinping e o russo Vladimir Putin.
- Incertezas -
Esta oitava c�pula se celebra em meio � incertezas sobre o futuro do grupo BRICS, que criou seu pr�prio banco de desenvolvimento.
A �ndia, um dos motores da coaliz�o, parece afastar-se cada vez um pouco mais desde a chegada de Modi, em 2014, ao poder. O pa�s desde ent�o tem privilegiado uma pol�tica de aproxima��o com os Estados Unidos.
Para Eswar Prasad, professor de com�rcio e economia da Universidade de Cornell (Estados Unidos), os mal momento econ�mico do BRICS reduzem sua influ�ncia.
"Dado seu tamanho importante e sua significativa contribui��o mundial, este grupo poderia ter peso se atuasse em concerto", explicou � AFP.
Entretanto, "os problemas econ�micos de v�rios membros reduziram sua for�a e sua influ�ncia", ressaltou.