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Estado de Minas

Elei��o de Trump � vit�ria categ�rica contra globaliza��o


postado em 09/11/2016 15:22

Ap�s o Brexit, a vit�ria do republicano Donald Trump nos Estados Unidos, a maior economia mundial, � uma nova mensagem dos "esquecidos da globaliza��o" as suas elites contra os controversos acordos de livre com�rcio.

"A economia mundial atravessa dificuldades e os que sofrem por isso t�m a impress�o de que a globaliza��o � a respons�vel", reagiu o economista japon�s Seiji Katsurahata ap�s a vit�ria de Trump, que seduziu os eleitores americanos com um discurso virulento contra o livre com�rcio.

"Os ideais da globaliza��o se apagaram com o enfraquecimento da economia mundial" ap�s a crise de 2008, acrescentou � AFP este especialista do Dai-ichi Life Research Institute.

"O sentimento geral, sobretudo o das classes populares, � que fazem com que elas paguem o pre�o da globaliza��o", explicou h� pouco tempo o economista franc�s Thomas Pikkety � AFP.

Uma opini�o p�blica que se sentiu cada vez mais vulner�vel diante de acordos negociados na sombra. "H� uma percep��o muito clara, e penso que � verdadeira, de que estes acordos comerciais s�o concebidos para os interesses dos grandes grupos", explicou o pr�mio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, durante uma visita recente a Paris.

E estas pessoas, cansadas dos fechamentos de f�bricas, de seus problemas financeiros, e irritadas com os discursos dos l�deres pol�ticos e econ�micos sobre a necessidade de liberalizar cada vez mais o com�rcio, querem que as coisas mudem.

Para surpresa das elites, o Brexit ganhou em junho e, em novembro, Donald Trump foi eleito presidente.

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) alertou em sua reuni�o de outubro sobre a necessidade de integrar "todos o mundo, e n�o apenas alguns" na globaliza��o.

Durante a �ltima c�pula do G20, em setembro, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que os chefes de Estado dos pa�ses mais poderosos do mundo estavam determinados a "responder �s cr�ticas populistas e f�ceis contra a globaliza��o".

Mas sua mensagem n�o surtiu efeito. A rival de Trump, a democrata Hillary Clinton, tamb�m tentou aproveitar a onda de descontentamento durante sua campanha, dando uma guinada de 180 graus depois de ter apoiado em 2012 a controversa Associa��o Transpac�fica (TPP).

Acordos de livre com�rcio prejudicados

A vit�ria de Trump ocorre num momento em que os acordos comerciais est�o em perigo. A Fran�a pediu para suspender as negocia��es sobre o Tratado Transatl�ntico de Livre Com�rcio (TTIP ou Tafta) entre a Uni�o Europeia e os Estados Unidos.

E o acordo assinado entre Canad� e UE (CETA) precisou ser validado ap�s uma forte press�o dos l�deres europeus para que a Val�nia, a regi�o franc�fona da B�lgica, assinasse o texto ao qual se opunha.

A alguns meses de elei��es cruciais na Fran�a e na Alemanha, Paris enviou na ter�a-feira uma s�rie de propostas a Bruxelas para que as negocia��es destes acordos sejam mais democr�ticas e transparentes.

"N�o haver� futuro europeu se n�o houver uma democracia extremamente forte", avisou o secret�rio de Estado franc�s, Matthias Fekl, que lembrou que "a Europa est� amea�ada por tenta��es e tend�ncias muito perigosas em seu seio", em refer�ncia ao avan�o dos partidos populistas.

Ap�s a vit�ria de Trump, os mercados aguardam suas primeiras medidas. "Prevemos que Trump come�ar� a designar a China como uma manipuladora de divisas e que apresentar� muitas den�ncias contra a OMC", disse Paul Ashworth, o chefe economista do instituto Capital Economics.

"Tamb�m insistir� para renegociar o Alena (acordo de livre com�rcio da Am�rica do Norte)", que entrou em vigor h� mais de 20 anos sob a presid�ncia de Bill Clinton e inclui M�xico, Canad� e Estados Unidos.

O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevedo, reagiu rapidamente e se declarou "disposto" a trabalhar com Trump.

"Est� claro que muitos pensam que o com�rcio n�o funciona para eles, devemos nos preocupar com isso e assegurar que o com�rcio aporte o maior n�mero de benef�cios ao maior n�mero de pessoas", afirmou.


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