Um ano depois dos atentados de 13 de novembro, a m�sica voltou a soar na casa de shows parisiense Bataclan, neste s�bado (12), na voz de Sting, de 65, em uma emocionante apresenta��o que contou com um minuto de sil�ncio em homenagem �s 90 v�timas.
O show de Sting durou uma hora e meia e, depois das �ltimas notas de "The Empty Chair", v�rios espectadores se abra�aram, e outros ovacionaram tanto a apresenta��o do cantor brit�nico quanto o renascimento desse estabelecimento.
Foi com um minuto de sil�ncio, que Sting deu a partida no show.
"Esta noite, temos de conciliar duas tarefas: primeiramente, nos lembrarmos dos que perderam a vida no ataque e, depois, celebrar a vida, a m�sica nesse local hist�rico", afirmou, em franc�s.
Sting ent�o cantou "Fragile", seguida de "Message in a Bottle". No palco, estava acompanhado do trompetista franco-liban�s Ibrahim Maalouf.
Na casa, com capacidade para quase 1.500 lugares, reuniram-se sobreviventes e familiares das v�timas, al�m de v�rias autoridades.
"Teve o tom certo. Foi um momento magn�fico", elogiou St�phane Pocidalo, de 35, referindo-se a Sting, que lembrou da situa��o dos migrantes e homenageou James Foley, o jornalista americano executado na S�ria em 2014 pelo EI.
'Esta noite retomo minha vida'
"Esta noite, retomo minha vida como era antes. � um dever, � uma obriga��o estar aqui, porque h� 90 pessoas que n�o podem mais vir", desabafou Aur�lien, um dos sobreviventes.
Os mil ingressos colocados � venda na �ltima ter�a-feira se esgotaram em menos de meia hora. Os �ltimos foram distribu�dos ontem.
Jesse Hugues, o vocalista da Eagles of Death Metal, o grupo americano que tocava h� um ano quando o ataque aconteceu, assim como outro membro dessa banda, tiveram sua entrada barrada hoje pelas pol�micas declara��es sobre seguran�a em mar�o passado.
"Eles vieram, eu os expulsei. H� coisas que n�o se perdoa", declarou o codiretor da casa de espet�culos Jules Frutos, no fim do show de Sting.
A onda de terror come�ou nos arredores do Stade de France, ao norte da capital, durante uma partida entre Fran�a e Alemanha, e continuou no Bataclan e em bares e restaurantes da cidade. O balan�o final dos ataques, reivindicados pelo Estado Isl�mico (EI), foi de 130 mortos.
Testemunha, por d�cadas, da noite parisiense, a sala de espet�culos se tornou um local de peregrina��o e recolhimento.
Os atos pelo primeiro anivers�rio dos atentados come�aram na noite de sexta-feira (11), no est�dio nacional de Saint-Denis, onde os 80 mil espectadores fizeram um minuto de sil�ncio antes da partida entre Fran�a e Su�cia pelas eliminat�rias da Copa do Mundo de 2018.
H� um ano, a primeira v�tima foi identificada a poucos metros do Stade de France. Tr�s homens acionaram seus cintur�es de explosivos, tirando a vida de Manuel Dias, motorista portugu�s de 63 anos. Em seguida, morreram 129 pessoas em outros pontos da cidade.
Acompanhado de parentes das v�timas, o presidente franc�s, Fran�ois Hollande; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; e seu colega de Saint-Denis, Didier Paillard, visitar�o neste domingo (13) todos os lugares atingidos pelos atentados: o est�dio nacional, os bares e restaurantes Le Carillon, Le Petit Cambodge, La Bonne Bi�re, Cosa Nostra, Comptoir Voltaire e La Belle �quipe, e o Bataclan.
Em cada lugar, ser�o descerradas placas com os nomes das v�timas.
A associa��o Life for Paris soltou bal�es na tarde deste s�bado. Foram depositadas lanternas, s�mbolos de esperan�a e vida, no Canal Saint Martin, pr�ximo de v�rios dos locais atacados. A associa��o "13 de novembro: fraternidade e verdade" tamb�m convocou os franceses a participarem dos atos, colocando velas em suas janelas.
Sting n�o cobrou pelo show, cuja renda ser� destinada a essas duas associa��es de v�timas do atentado.
