De golpes na cabe�a durante a pr�tica de esportes at� acidentes de carro e quedas no playground, a concuss�o � uma les�o cerebral comum particularmente dif�cil de se diagnosticar - at� agora, disseram pesquisadores na quinta-feira.
Uma equipe americana revelou um teste r�pido, port�til e confi�vel que mede as diferen�as na atividade cerebral em resposta ao som.
"Nosso m�todo pode evitar as suposi��es do diagn�stico de concuss�o", disse � AFP a coautora do estudo Nina Kraus, da Northwestern University, nos Estados Unidos.
"N�s descobrimos que as concuss�es interrompem o modo como o c�rebro processa o som, e essa interrup��o, que pode ser medida de forma n�o invasiva, pode potencialmente diagnosticar concuss�es".
A concuss�o ocorre quando um golpe forte na cabe�a faz com que o c�rebro - um �rg�o mole rodeado por uma camada de fluido dentro do cr�nio protetor - sacuda violentamente.
Em casos graves, pode levar a contus�es, bem como a les�es nos nervos e vasos sangu�neos.
Uma concuss�o pode ser de leve a grave, com sintomas que v�o desde perda da consci�ncia ou amn�sia at� dor de cabe�a e confus�o.
Casos graves podem exigir cirurgia para aliviar o incha�o do c�rebro ou o ac�mulo de sangue no cr�nio.
Para o diagn�stico, os m�dicos precisam saber o que aconteceu com o paciente, e consideram uma s�rie de sintomas - alguns deles �bvios, outros n�o.
Raios-X e outros exames muitas vezes n�o conseguem identificar o dano, e sinais como desorienta��o, fala arrastada ou perda de mem�ria podem estar ausentes ou ser dif�ceis de detectar.
Mesmo som, ondas diferentes
O diagn�stico "exige avaliar e equilibrar muitos fatores potenciais", disse Kraus. "Nossa descoberta faz com que seja mais parecido com um term�metro - sim ou n�o, h� uma concuss�o aqui".
O novo teste consiste em colocar tr�s pequenos sensores no cr�nio, fazer com que o paciente ou�a um som e medir sua atividade cerebral.
Para este estudo, dois grupos de crian�as - algumas previamente diagnosticadas com concuss�o e o resto saud�veis - foram expostos ao mesmo som.
"O que difere � a quantidade de atividade cerebral que seus c�rebros geraram em resposta a esse som", explicou Krause.
As crian�as com concuss�o mostraram menos atividade cerebral, descobriram os pesquisadores.
A equipe est� confiante de que a t�cnica funcione tamb�m em adultos.
A nova ferramenta representa "um teste �nico e r�pido que n�o requer treinamento avan�ado para se administrar", disse Kraus.
Ele tamb�m pode ser usado para rastrear a recupera��o em um paciente, permitindo que os m�dicos determinem melhor quando ele pode retomar as atividades normais ap�s um per�odo de descanso.
Pesquisas anteriores mostraram que o risco de suic�dio � tr�s vezes maior entre os adultos que sofreram uma concuss�o, e que os sobreviventes de traumatismo cranioencef�lico t�m tr�s vezes mais chances de morrer mais jovens.
O estudo foi publicado na revista cient�fica Nature Scientific Reports. Um v�deo explicando o m�todo pode ser visto aqui: https://brainvolts.northwestern.edu/demonstration.php