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Estado de Minas

Scorsese defende espiritualidade ao apresentar filme sobre jesu�tas


postado em 13/01/2017 13:37

O mundo n�o deve abandonar a espiritualidade, apesar dos atuais "acontecimentos terr�veis", afirmou, em Paris, Martin Scorsese, ao apresentar "Silence", talvez seu filme mais pessoal, que planejou realizar durante d�cadas.

Rodado em Taiwan, o filme se baseia na obra hist�rica hom�nima do japon�s Shusaku Endo e narra as dificuldades dos mission�rios jesu�tas no Jap�o no s�culo XVII.

Com "Silence", Scorsese, que se define como um cat�lico n�o praticante, pretende "abrir um di�logo" com o espectador e mostrar "at� que ponto a espiritualidade � parte integrante do ser humano", explicou � imprensa.

O premiado diretor americano fez e desfez este filme em sua cabe�a por d�cadas, mudando, inclusive, o elenco, porque os atores "iam envelhecendo".

Convencer Hollywood tampouco foi f�cil. Ele precisou superar "problemas financeiros e legais" e "tr�s ou quartos grandes int�rpretes" rejeitaram atuar porque "a religi�o n�o fazia parte de sua vida".

Um deles chegou a descartar o filme durante as filmagens do "Lobo de Wall Street", protagonizado por Leonardo DiCaprio, embora Scorsese n�o tenha esclarecido de quem falava.

Em Hollywood s�o necess�rios "atores que atraiam dinheiro", mas, ent�o, corre-se o risco de trabalhar com quem "n�o acredita no projeto", declarou o diretor de "Taxi Driver" e "A �ltima tenta��o de Cristo", entre outros.

Adam Driver e Liam Nesson aceitaram o projeto.

Aos 74 anos, Scorsese assegurou que j� "n�o tem nada a esconder", nem precisa "demonstrar que sabe utilizar uma c�mera". "Este filme � o que sou agora. N�o sigo a moda", destacou.

"De alguma forma, este � o filme que mais se entrela�ou com a minha vida pessoal", admitiu.

At� mesmo as filmagens na natureza, que disse t�-lo feito descobrir, por exemplo, o som das mar�s, foi uma "experi�ncia m�stica". "Sou nova-iorquino, al�rgico a tudo (...) e de repente me encontrei no topo de uma montanha", explicou.

"Vimos do sil�ncio e � para l� que vamos. Dever�amos aprender a nos sentir confort�veis com isso", disse, em alus�o ao t�tulo do filme.

Em novembro, ele apresentou "Silence" no Vaticano, logo ap�s se reunir com o papa Francisco.


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