A justi�a alem� rejeitou nesta ter�a-feira uma a��o apresentada por um refugiado s�rio de 19 anos que queria for�ar o Facebook a censurar as diversas utiliza��es de uma "selfie" que ele tirou com a chanceler Angela Merkel, que o envolveram em acusa��es de ataques ou atentados terroristas.
Considerado um site de "hospedagem", e n�o uma m�dia, o Facebook n�o pode ser for�ado a filtrar cada conte�do insultante ou difamat�rio, considerou o tribunal de W�rzburg (centro) em sua decis�o, consultada pela AFP.
Anas Modamani dever�, portanto, continuar a denunciar na rede social cada imagem "associando sua imagem a infra��es penais ou ataques terroristas".
A rejei��o deste "pedido de liminar" n�o significa o fim da disputa, indicou o tribunal: a quest�o das responsabilidades exatas do Facebook ser� submetida a especialistas durante uma "prov�vel audi�ncia" posterior sobre o caso.
O jovem havia tirado em setembro de 2015 uma "selfie" com a chanceler em um centro de refugiados em Berlim. A fotografia rodou o mundo, simbolizando a pol�tica de portas abertas da Alemanha aos centenas de milhares que fugiam da guerra e da pobreza.
A hist�ria poderia ter permanecido como uma boa lembran�a, mas a imagem passou a ser usada em montagens, colocando-o em uma s�rie de situa��es comprometedoras, incluindo ataques.
Desta forma, Modamani foi associado aos atentados de Bruxelas de 22 de mar�o de 2016 (32 mortos), ao ataque de Berlim em 19 de dezembro (12 mortos) e a uma tentativa de assassinato.
"Esta foto bagun�ou a minha vida. Sou um homem de bem", declarou o jovem s�rio antes da audi�ncia.
A defesa da rede social indicou, por sua vez, que seria imposs�vel rastrear cerca de "um bilh�o de novos conte�dos" que aparecem diariamente no Facebook para suprimir as imagens de Modamani.