Tr�s pessoas foram mortas em um atentado terrorista em Londres, onde um homem usou uma faca e um carro para matar tr�s pessoas e ferir vinte em Londres, aos p�s do Big Ben e do Parlamento brit�nico, antes de ser morto pela Pol�cia.
"Quatro pessoas morreram. Esse n�mero inclui um policial que protegia o Parlamento e um homem que � considerado o agressor", anunciou o chefe da Pol�cia, Mark Rowley, em uma declara��o em frente � sede da Scotland Yard. Outras vinte pessoas ficaram feridas.
A primeira-ministra brit�nica, Theresa May, anunciou que n�o elevar� o n�vel de amea�a terrorista mantido pelas autoridades brit�nicas, atualmente em 'severo', o segundo mais elevado, o que significa que � 'altamente prov�vel' a ocorr�ncia de atentados.
"O n�vel de alerta esteve em 'severo' durante certo tempo, e isso n�o mudar�", disse May em mensagem em frente � Downing Street, sede e resid�ncia da chefe de governo, qualificando o atentado de "asqueroso e perverso".
May havia declarado mais cedo que "tem em seus pensamentos" as v�timas deste atentado "horroroso", cometido no in�cio da tarde no cora��o da capital inglesa.
"A primeira-ministra est� sendo informada constantemente e em breve presidir� uma reuni�o" de seu gabinete de seguran�a, destacou um comunicado oficial.
A Scotland Yard anunciou ter sido chamada por volta das 14h40 locais (11h40 de Bras�lia) por um "incidente na Westminster Bridge".
A Pol�cia confirmou mais tarde que considerava o ocorrido um incidente "terrorista" at� que se tenha mais informa��es sobre o caso.
"A investiga��o foi confiada ao comando de combate ao terrorismo" e "refor�os policiais ser�o mobilizados nesta (quarta-feira) � noite", acrescentou o comandante da Pol�cia, BJ Harrington.
Segundo Mark Rowley, primeiro o homem atropelou v�rios pedestres, incluindo tr�s policiais, na ponte de Westminster, que leva ao Parlamento e ao Big Ben, principal atra��o tur�stica da capital inglesa.
Ao menos duas pessoas morreram na ponte e 20 ficaram feridas. Ele dirigiu-se depois para o Parlamento, onde matou a facadas um policial antes de ser abatido.
Segundo um m�dico do hospital Saint Thomas, a 200 metros do local dos fatos, e que atendeu as v�timas, descreveu os ferimentos como catastr�ficos.
Uma mulher, que teria saltado no rio T�misa para escapar do ve�culo, foi resgatada gravemente ferida, segundo a imprensa local.
E o minist�rio das Rela��es Exteriores franc�s indicou que tr�s estudantes franceses est�o entre os feridos.
Os estudantes estavam em viagem escolar e dois deles se encontram em estado grave, informou a prefeitura de Finist�re, regi�o de origem dos alunos.
Deputado tenta salvar a vida de policial
Assim como aconteceu em 2016 em um mercado natalino de Berlim (12 mortos), e na cidade francesa de Nice (86 mortos), o atacante desta quarta-feira usou um ve�culo para fazer v�rias v�timas.
No local do ataque, o ex-chanceler polon�s Radoslaw Sikorski filmou pessoas feridas deitadas no ch�o.
No Twitter, ele explicou que um carro havia atropelado cinco pessoas na ponte de Westminster.
"Ouvi o que me pareceu ser uma colis�o. Olhei pela janela do t�xi e vi algu�m no ch�o, muito mal. Em seguida vi outra pessoa, que tamb�m estava mal e outras tr�s, uma sangrando abundantemente", contou � BBC.
Ap�s o atropelamento, o homem abandou seu ve�culo na cal�ada e correu em dire��o �s grades do Parlamento e atacou o policial at� a morte. A Pol�cia atirou contra ele quando tentava atacar um segundo agente.
O deputado conservador e militar da reserva Toby Ellwood, que perdeu o irm�o em um atentado em Bali, Indon�sia, em 2002, tentou, em v�o, salvar a vida do policial ferido.
"Tentei interromper o sangramento e fiz respira��o boca a boca (...), mas acho que tinha perdido muito sangue", explicou Ellwood, em declara��es publicadas no jornal The Sun.
"Tinha v�rios ferimentos, debaixo do bra�o e nas costas", acrescentou.
"Eu claramente ouvi tiros. Vi algu�m vestido de preto caindo. Acho que era um policial", declarou um funcion�rio do Parlamento � AFP. A pessoa, que se recusou a revel sua identidade, disse ter visto a cena de seu escrit�rio.
Os deputados foram confinados no Parlamento, antes de o edif�cio ser evacuado.
"Escutei tiros e logo imaginei que era algo grave", declarou � AFP Richard Jones, gerente de um bar localizado perto do Parlamento.
Segundo os primeiros elementos da investiga��o, o homem agiu sozinho.
O ataque ocorreu no dia em que Bruxelas relembrava o primeiro anivers�rio dos ataques que deixaram 32 mortos no aeroporto e no metr� da cidade.
Alerta 'severo' mantido
As primeiras rea��es internacionais ao ataque come�avam a surgir. O presidente americano, Donald Trump, telefonou para May, segundo o porta-voz da Casa Branca, que afirmou "condenar o ataque de Westminster que o Reino Unido considera um ato terrorista", assegurando Londres do pleno apoio de Washington.
A chanceler alem�, Angela Merkel, expressou seu apoio "aos amigos brit�nicos e a todos os habitantes de Londres".
Ela ressaltou ainda que "a Alemanha e seus cidad�os est�o resolutamente ao lado dos brit�nicos na luta contra toda a forma de terrorismo".
J� o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, expressou solidariedade e apoio aos brit�nicos.
"Expressamos em nome da Fran�a toda a nossa solidariedade e todo o nosso apoio ao povo brit�nico e � primeira-ministra Teresa May", declarou o chefe de Estado em um breve discurso, acrescentando "o terrorismo atinge a todos n�s. A Fran�a, que foi atingida recentemente, conhece o sofrimento do povo brit�nico hoje".
O premi� canadense, Justin Trudeau, condenou o que denominou de "atentado covarde" e lembrou do ataque ao Parlamento de Ottawa em 2014.
"A cena � muito familiar para os membros desta C�mara, que estavam aqui h� dois anos e meio", disse Trudeau aos deputados canadenses, em alus�o ao ataque de 22 de outubro de 2014, no qual um soldado foi assassinado por um jovem radicalizado, posteriormente abatido assim como o suposto agressor desta quarta-feira.
"Um ataque contra a sede da democracia � um ato censur�vel que condenamos muito firmemente", acrescentou Trudeau, enviando suas "mais sinceras condol�ncias" �s v�timas do ataque de Londres.
No Parlamento escoc�s em Edimburgo, os debates sobre o referendo da independ�ncia foram suspensos ap�s o an�ncio do incidente em Londres.
Uma autoridade da seguran�a afirmou que a Pol�cia escocesa estava revendo a seguran�a em Holyrood, o bairro de Edimburgo onde o Parlamento escoc�s est� localizado.
A �rea de Westminster, com o Big Ben, a sede do Parlamento e a maioria de minist�rios e escrit�rios governamentais, � muito frequentada por turistas e funcion�rios p�blicos.
A esta��o de metr� mais pr�xima do Parlamento, Westminster, foi fechada ao p�blico, e a Pol�cia pediu �s pessoas que evitem as zonas de Whitehall, as pontes de Westminster e Lamberth, a Victoria Street e o cais de Victoria, assim como a regi�o de Embankment, para permitir o tr�nsito dos servi�os de emerg�ncia.
