O Rio de Janeiro inaugurou nesta quarta-feira seu primeiro sal�o de avia��o na esperan�a de mostrar a capacidade da ind�stria aeroespacial de superar a atual crise da economia brasileira.
Apesar da profunda recess�o econ�mica e da instabilidade pol�tica no pa�s, a International Brazil Air Show, feira de avia��o que acontece at� o final desta semana, quer mostrar os �xitos da alta tecnologia brasileira.
"Este � o momento adequado. Durante uma crise, � preciso reunir as pessoas", disse � AFP Paula Faria, diretora da feira.
O evento realizado no aeroporto internacional Tom Jobim do Rio de Janeiro conta com apoio de Airbus, Saab, Lufthansa e da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (IATA), entre outros atores internacionais, reunidos para discutir o futuro dos mercados latino-americanos.
O Instituto Brasileiro de Avia��o reconheceu, contudo, que os dois anos de recess�o deixaram marcas no mercado.
A frota de avi�es comerciais caiu de 727 para 686 em 2016, enquanto o total de avi�es aumentou apenas em 0,1%, a 21.895.
Para o presidente do Instituto, Francisco Lyra, a ind�stria � "resiliente" e o Brasil pode ser considerado uma aposta segura ao se tratar de investimento em transporte a�reo. Em seu discurso, Lyra lembrou que em um pa�s de propor��es continentais, a �nica forma pr�tica e eficiente de viajar � de avi�o.
Gustavo Teixeira, diretor de vendas para a Am�rica Latina da Embraer, afirmou por sua vez que o car�ter global do setor foi determinante para que ele n�o fosse duramente atingido pela crise dom�stica.
"Pensamos globalmente", garantiu Texeira durante uma entrevista a bordo de um novo bimotor jet Legacy 500, com capacidade para 12 pessoas e pre�o de aproximadamente 21,5 milh�es de d�lares.
Teixeira enumerou as f�bricas da Embraer no mundo, afirmando que o sal�o a�reo do Rio deve mostrar a for�a da avia��o brasileira e da ind�stria aeroespacial do Brasil.
A Embraer � a terceira maior fabricante de avi�es do mundo, depois da Boeing e da Airbus, com uma produ��o significativa no crescente mercado de jatos executivos.