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Estado de Minas

Macron e Le Pen duelam sobre vis�es da Fran�a a seis dias da elei��o


postado em 01/05/2017 16:25

A seis dias do segundo turno das elei��es presidenciais, o centrista Emmanuel Macron e sua rival de extrema direita, Marine Le Pen, se enfrentam em um �spero duelo sobre suas vis�es da Fran�a, rejeitadas por manifestantes que desfilaram nas ruas neste 1� de maio.

O jovem centrista de 39 anos, que tem vantagem sobre sua rival segundo as pesquisas, se ergueu como o defensor da democracia, enquanto Le Pen pediu aos seus partid�rios que rechacem quem encarna o mundo das "finan�as".

Os dois aspirantes ao posto do socialista Fran�ois Hollande se enfrentar�o na quarta-feira em um debate televisionado.

As manifesta��es de 1� de maio aconteceram na Fran�a de forma dividida. Enquanto alguns pediam que parassem a l�der da Frente Nacional, outros pediam o voto para Macron. Outro grupo, descontente com os dois candidatos, convocava o povo para venc�-los.

Segundo o Minist�rio do Interior franc�s, cerca de 142.000 pessoas se manifestaram em todo o pa�s. Na capital, foram registradas confus�es entre encapuzados e as for�as de seguran�a. Quatro policiais ficaram feridos.

- Diante da FN, "esp�rito de resist�ncia" -

"O projeto da extrema direita � a viol�ncia extrema contra os opositores pol�ticos [...], � a redu��o das liberdades, a nega��o das diferen�as. N�o se esque�am nunca!", insistiu Macron em Paris diante de 12.000 militantes, segundo sua equipe de campanha.

Contra este projeto que desembocar� "na guerra civil, na divis�o da Fran�a", "devemos dar a vez ao esp�rito de resist�ncia diante da extrema direita e de seu renascimento", continuou o candidato.

Sem hesitar ao fazer alus�es ao espectro do fascismo dos anos 1930, Macron acusou sua rival de amea�ar a "liberdade de imprensa", os "direitos da mulher" e advertiu para um "empobrecimento dos franceses" se o pa�s sair da zona do euro.

- Bloquear o candidato do "rei dinheiro" -

Em um pa�s atingido pela desindustrializa��o e um desemprego end�mico de 10%, a candidata de ultradireita, que tenta suavizar a imagem de seu partido, se apresenta como a candidata "do povo e dos oper�rios".

Em um discurso agressivo, Marine Le Pen convocou os franceses a "bloquear as finan�as, a arrog�ncia, o rei dinheiro", acusando seu rival de ser "o candidato do sistema" por ter trabalhado no setor banc�rio e como ministro do presidente socialista Fran�ois Hollande.

"O senhor Macron � uma concep��o radical, extremista da Uni�o Europeia", acrescentou acusando seu advers�rio de querer "submeter" a Fran�a � "chanceler alem�", Angela Merkel, e "entreg�-la � submers�o migrat�ria", "aos maus ventos da globaliza��o selvagem".

Se for eleita, "um ano depois, muito provavelmente", os franceses pagar�o sua baguete "em francos", prometeu seu bra�o direito, Florian Philippot.

A margem entre os candidatos se aperta cada vez mais no segundo turno. As pesquisas d�o a Macron 59% das inten��es de voto, e a Le Pen 41%.

- Nem um, nem outro -

Por todo o pa�s, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram contra Marine Le Pen, mas tamb�m contra o liberalismo de Emmanuel Macron.

Mas a uni�o sindical que se formou em 2002 contra a classifica��o para o segundo turno do pai da candidata da Frente Nacional, o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, n�o se repetiu desta vez.

Este ano, os sindicatos est�o divididos sobre as indica��es para os eleitores e, inclusive, sobre o lema para a tradicional marcha do Dia do Trabalho.

"Nosso slogan � claro: Frente Nacional deve ser vencida para o progresso social. A FN � um partido racista, xenof�bico, contra as mulheres e liberal", declarou o secret�rio-geral da CGT, Philippe Martinez.

Mas nas fileiras de manifestantes muitos asseguravam que n�o queriam nem um, nem outro.

Em Paris, Camille Delaye, professor de 28 anos, agitava um cartaz onde aparecia: "a absten��o � um ato pol�tico". "Se votar em Macron, vamos favorecer ainda mais Le Pen", argumentava.

O magistrado da esquerda radical, Jean-Luc M�lenchon, participou do desfile de 1� de maio. M�lenchon ficou em quarto lugar no primeiro turno das elei��es com 19,6% dos votos, e se colocou contra Le Pen, mas sem pedir votos para Macron.


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