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Estado de Minas

Emmanuel Macron � eleito presidente da Fran�a

O novo presidente eleito obteve entre 65,5% e 66,1% dos votos


postado em 07/05/2017 15:01 / atualizado em 07/05/2017 15:34

(foto: / AFP / DENIS CHARLET )
(foto: / AFP / DENIS CHARLET )

O centrista pr�-europeu Emmanuel Macron, de 39 anos, foi eleito neste domingo presidente da Fran�a - o mais jovem da hist�ria do pa�s -, evitando, assim, que esta pot�ncia econ�mica mundial ca�sse nas m�os da advers�ria de extrema-direita, Marine Le Pen.

Com uma margem de 65,5% a 66,1% dos votos, � frente de Le Pen, com 33,9% e 34,5%, segundo estimativas de institutos independentes, este ex-banqueiro substituir� o socialista Fran�ois Hollande, que se recusou a disputar a reelei��o por falta de apoio popular e de quem foi ministro da Economia.

A absten��o no segundo turno teria variado entre 25,3% e 27%, segundo estimativas.

A taxa de participa��o �s 13h de Bras�lia era de 65,3%, quatro pontos a menos que o primeiro turno (69,42%), segundo o minist�rio do Interior.

A taxa de participa��o neste hor�rio foi a mais baixa desde 1969, segundo estimativas oficiais.

Macron vai governar uma Fran�a muito dividida politicamente entre zonas urbanas (privilegiadas e reformistas) e as despossu�das (tentadas pelos extremos). Macron, que n�o parece recuar diante dos desafios, tem v�rios de grande tamanho pela frente, como um desemprego end�mico de 10%, a luta antiterrorista e a crise da Uni�o Europeia (UE).

Ainda que Marine Le Pen, de 48 anos, tenha perdido por ampla margem, esta n�o foi n�o � uma derrota absoluta para ela, nem para seu partido, a Frente Nacional (FN), que convenceu de 33,9% a 34,5% do eleitorado com promessas contra a imigra��o e a zona do euro. N�o apenas isto, mas criou-se um v�cuo entre as principais for�as pol�ticas do panorama nacional.

Um vendaval


Em apenas um ano, desde que fundou o movimento de centro Em Marcha!, Macron abriu caminho em um pa�s onde os dois grandes partidos tradicionais de esquerda e direita se alternavam no poder h� meio s�culo.

Superou-os no primeiro turno com um programa europe�sta e liberal em temas econ�micos e sociais. Foi para o segundo turno com uma vantagem c�moda nas pesquisas, refor�ada no debate com sua advers�ria, mas isto n�o impediu que levasse um susto de �ltima hora, com um ataque maci�o de hackers cuja origem � desconhecida e � investigado pela justi�a francesa.

Para o mundo, estas elei��es s�o um term�metro que mede a for�a dos populistas e toma o pulso da Uni�o Europeia, ap�s a vit�ria do Brexit no Reino Unido.

A aposta pol�tica de Macron foi um sucesso, mas o passo seguinte � uma inc�gnita. A Fran�a n�o elege s� seu presidente. Em junho, celebra elei��es legislativas, afetadas pela incerteza.

O baque pol�tico da direita e dos socialistas no primeiro turno e o avan�o da extrema direita ao segundo turno gera uma interroga��o: Macron ser� capaz de conseguir uma maioria parlamentar e evitar uma coabita��o complicada apesar de n�o dispor da m�quina de um partido tradicional?

Marine Le Pen pode eleger muitos mais deputados dos que tem atualmente, com sua campanha anti-UE, contra a globaliza��o, os imigrantes ilegais e as elites em um pa�s corro�do pelo desemprego e traumatizado pela onda de atentados extremistas.

O homem que sacudiu a pol�tica com um novo partido fascina pessoas pr�prias e estranhas. N�o s� por sua juventude, mas por ser casado com uma mulher 24 anos mais velha: Brigitte, a futura primeira-dama loira e magra que foi sua professora de teatro e que foi onipresente na campanha.

L�deres mundiais do porte da chanceler Angela Merkel e do ex-presidente americano Barack Obama apoiaram seu programa, centrado na divisa: "uma Fran�a aberta, confiante e conquistadora" em "uma Europa protetora".

Macron ser� o presidente mais jovem da hist�ria da Fran�a, mais jovem at� mesmo que Louis-Napol�on Bonaparte, que tinha 40 anos quando foi eleito em 1848, e um dos mais jovens do mundo.

Ele tem cinco anos pela frente para comandar um pa�s com armas nucleares, membro permanente do Conselho de Seguran�a da ONU, e motor, juntamente com a Alemanha, da Uni�o Europeia, cuja zona do euro quer dotar de um or�amento, um Parlamento e um ministro das Finan�as pr�prio.

A vit�ria deste homem com cara de bom mo�o, formado nas escolas da elite francesas, encerra uma campanha eleitoral repleta de sobressaltos, na qual os imbr�glios judiciais ofuscaram durante um bom tempo os temas de fundo, somando-se ao cansa�o de uma cidadania desencantada com os pol�ticos.


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