A pol�cia brit�nica j� deteve uma "boa parte" da c�lula extremista isl�mica respons�vel pelo atentado de Manchester, anunciou nesta sexta-feira a pol�cia brit�nica, quatro dias ap�s o ataque que fez 22 mortos.
Houve progressos "imensos" na investiga��o, mas continua a investigar pistas "importantes", acrescentou o respons�vel pelo combate ao terrorismo, Mark Rowley.
"Estamos satisfeitos em ter capturado alguns dos protagonistas que nos preocupavam, mas ainda h� mais a fazer", acrescentou o oficial da pol�cia.
At� o momento, nove pessoas foram detidas com idades entre 18 e 44 anos, incluindo um homem de 30 anos, detido na localidade de Moss Side, no sul de Manchester, na madrugada desta sexta-feira, e outro suspeito, de 44 anos, detido mais tarde na vizinha Rusholme.
Simultaneamente, a campanha eleitoral brit�nica foi retomada nesta sexta-feira com cr�ticas � primeira-ministra Theresa May e aos conservadores ap�s o atentado.
- Nove detidos, todos homens entre 18 e 44 anos -
A Pol�cia anunciou a deten��o de mais dois suspeitos, de 30 e 44 anos, no �mbito da investiga��o sobre o atentado. Nove pessoas permanecem detidas no Reino Unido, incluindo um irm�o do autor do ataque, Salman Abedi, de 22 anos.
Os detidos s�o todos homens com idades entre 18 e 44 anos, presos em Manchester e periferia, com exce��o de um, capturado no centro da Inglaterra.
O pai e outro irm�o de Abedi est�o detidos na L�bia.
Aos poucos, a Pol�cia reconstitui o itiner�rio de Salman Abedi at� sua morte no atentado da Manchester Arena.
Nascido em Manchester, filho de pais l�bios que fugiram do regime de Muamar Kadhafi, Abedi viajou � L�bia e retornou ao Reino Unido poucos dias antes do ataque.
No caminho de volta a Manchester a partir da L�bia, Abedi fez escalas em Istambul e D�sseldorf, sem abandonar as �reas de tr�nsito dos dois aeroportos. Os voos diretos entre a Turquia e o Reino Unido s�o particularmente vigiados pela possibilidade de transporte de combatentes da S�ria e do Iraque.
De acordo com os jornais The Sun e The Times, Abedi passou os �ltimos dias antes do atentado em um apartamento alugado no centro de Manchester, perto da esta��o Piccadilly e da Manchester Arena, onde pode ter fabricado a bomba.
- Fim de semana em alerta m�ximo -
O Reino Unido se aproxima do primeiro fim de semana ap�s o atentado, com v�rios eventos esportivos e em estado de alerta m�ximo.
"Estamos trabalhando com os organizadores dos eventos para assessor�-los e apoi�-los para que todo mundo neste pa�s possa assistir �s centenas de eventos programados, relaxar e aproveitar", disse Rowley.
Foram celebrados nesta sexta-feira em Manchester os Great City Games, uma competi��o de atletismo no centro da cidade n�o longe do local do atentado, da qual participaram v�rios campe�es ol�mpicos.
O alerta m�ximo no pa�s provocou a presen�a pela primeira vez de policiais armados nos trens e a suspens�o das viagens escolares a Londres, al�m de outras medidas de vigil�ncia para um fim de semana prolongado - segunda-feira � feriado na Inglaterra -, com grandes eventos e aglomera��es previstos, como a final da Copa da Inglaterra, s�bado, entre Chelsea e Arsenal.
Segundo a imprensa brit�nica, as autoridades pediram aos hospitais que permane�am em alerta para a possibilidade de novos ataques.
A empresa que promoveria uma evento com o portugu�s Cristiano Ronaldo no s�bado em Londres adiou o mesmo, enquanto a R�ssia recomendou que seus cidad�os evitem as viagens ao Reino Unido pelo n�vel de amea�a terrorista no pa�s, ap�s o atentado em Manchester.
Ariana Grande, que suspendeu sua turn� ap�s o atentado, anunciou nesta sexta-feira que dar� um show beneficente em Manchester, mas n�o divulgou datas.
- Cr�ticas a May e queda nas pesquisas -
A menos de duas semanas das elei��es de 8 de junho, uma pesquisa do instituto YouGov para o jornal The Times mostra uma vantagem de apenas de 5% nas inten��es de voto dos conservadores (43%-38%) em rela��o aos trabalhistas liderados por Jeremy Corbyn, contra 20% no in�cio da campanha.
A consulta foi realizada na quarta-feira e quinta-feira desta semana, dominada pelo notici�rio do atentado que deixou 22 mortos e 116 feridos na Manchester Arena. Entre os feridos, 66 seguem hospitalizados, 23 em estado cr�tico, segundo um novo balan�o.
Em um discurso nesta sexta-feira, Corbyn criticou os cortes or�ament�rios na �rea de seguran�a e disse que participar em guerras no exterior aumenta a possibilidade de atentados em casa.
"Muitos analistas, incluindo profissionais de nossos servi�os de Intelig�ncia e seguran�a, t�m apontado as conex�es entre as guerras em outros pa�ses que nosso governo apoia, ou nas quais participa, com o terrorismo em casa", afirmou Corbyn.
As cr�ticas do l�der trabalhista se unem �s declara��es de quinta-feira de Suzanne Evans, a n�mero dois do UKIP (Partido para a Independ�ncia do Reino Unido), para quem May "tem parte da responsabilidade" no atentado pelos cortes na �rea de seguran�a.
May foi ministra do Interior durante seis anos, antes de virar chefe de Governo em 2016 com a ren�ncia do tamb�m conservador David Cameron, que renunciou ap�s a derrota no referendo sobre a Uni�o Europeia.
De acordo com dados do Instituto de Estudos Fiscais (IFS, em ingl�s), o pa�s tem 14% a menos de policiais que em 2009, quando os conservadores assumiram o poder. Os gastos com a pol�cia tamb�m registraram queda de 14%, em termos reais, entre 2010 e 2016.
A primeira-ministra participou nesta sexta-feira na Sic�lia (It�lia) na reuni�o de c�pula do G7, onde solicitou �s grandes empresas de internet um envolvimento maior na elimina��o do conte�do extremistas on-line.
Londres recebeu pela primeira vez o secret�rio de Estado americano, Rex Tillerson, que expressou sua solidariedade e tentou reduzir a tens�o provocada pelos vazamentos � imprensa americana de detalhes da investiga��o compartilhados com Washington.
"Assumimos nossa responsabilidade e obviamente lamentamos o que aconteceu", afirmou Tillerson.