O grupo extremista Estado Isl�mico (EI) reivindicou neste s�bado o ataque cometido no dia anterior contra crist�os coptas que matou 29 pessoas no Egito, cujo governo assegurou que os autores do massacre teriam sido treinados na L�bia.
A avia��o eg�pcia bombardeou campos de treinamento de extremistas na cidade l�bia de Derna onde, segundo as autoridades, os autores do ataque contra os coptas teriam se formado.
"H� informa��o suficiente e evid�ncias de que elementos terroristas envolvidos [no ataque] tenham sido treinados nesses campos", disse o ministro eg�pcio das Rela��es Exteriores, Sameh Shukry, ao seu contraparte americano, Rex Tillerson, segundo um comunicado.
A For�a A�rea l�bia, leal ao marechal Khalifa Haftar e apoiada pelo Egito, assegurou ter participado do ataque contra Derna, que, segundo ela, causou "grandes perdas" entre os extremistas.
Apesar de o EI ter reivindicado o ataque contra os crist�os eg�pcios, os �nicos bombardeios confirmados atingiram, ao que parece, o grupo Mujahidines de Majlis, mil�cia pr�xima � Al-Qaeda, que expulsou o EI de Derna em 2015.
Este �ltimo confirmou neste s�bado que seus combatentes prepararam uma emboscada aos crist�os quando estes viajavam ao monast�rio de S�o Samuel, na prov�ncia de Minya. Trata-se do �ltimo de uma s�rie de atentados executados no Egito pelo grupo extremista, que j� matou mais de 100 coptas desde dezembro.
Um porta-voz dos Mujahidines de Majlis, que controla a cidade de Derna, disse que a avia��o eg�pcia realizou oito bombardeios na cidade sem causar v�timas.
A For�a A�rea de Haftar assegurou que "a opera��o foi um sucesso e os terroristas da Al-Qaeda sofreram in�meras perdas de combatentes e de equipe".
- Preocupa��o com extremistas da L�bia -
O Egito tem mostrado em repetidas ocasi�es sua preocupa��o com os combatentes que cruzam a fronteira l�bia para executar ataques em seu territ�rio.
Em um discurso na sexta-feira, o presidente eg�pcio, Abdel Fatah al-Sisi, disse que as dificuldades do EI na S�ria estavam fazendo com os que os combatentes tentassem se realocar na L�bia e no Sinai do Egito.
Em ataques passados, o Cairo atribuiu a autoria a extremistas locais.
O atentado de sexta-feira ocorre ap�s os dois ataques suicidas contra igrejas coptas em abril que deixaram 45 mortos. Em dezembro, outro suicida se explodiu em uma igreja no Cairo, matando 29 crist�os.
O EI, que reivindicou todos esses atentados, amea�ou multiplicar os atentados contra os coptas, que representam 10% dos quase 92 milh�es de eg�pcios.
O grupo extremista matou in�meros crist�os no norte do Sinai, for�ando dezenas de fam�lias a fugir.
As condena��es ao �ltimo ataque ocorreram em todo o mundo.
"Os terroristas est�o envolvidos em uma guerra contra a civiliza��o, e depende de todos os que valorizam a vida enfrentar e derrotar este mal", declarou em um comunicado o presidente americano, Donald Trump.
O papa Francisco, que visitou o Egito em abril, enviou uma mensagem a Al-Sissi em que dizia estar "profundamente entristecido ao saber deste ataque b�rbaro".