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Estado de Minas

Cientistas fazem nova detec��o de ondas gravitacionais


postado em 01/06/2017 15:10

Uma equipe internacional de cientistas anunciou nesta quinta-feira uma nova detec��o de ondas gravitacionais, a terceira observa��o destas distor��es no espa�o-tempo previstas na teoria da relatividade geral de Albert Einstein em 1915.

A primeira detec��o direta de ondas gravitacionais, produto de ligeiras perturba��es do tecido do espa�o-tempo por efeito do deslocamento de objetos enormes, foi anunciada em 11 de fevereiro de 2016.

Este acontecimento hist�rico abriu uma nova janela na astronomia para avan�ar na compreens�o dos mist�rios do cosmos, ressaltaram os astrof�sicos.

Uma segunda observa��o do fen�meno foi anunciada em 15 de junho de 2016.

O evento que deu origem �s ondas detectadas em 4 de janeiro de 2017, de acordo com o estudo publicado na revista americana Physical Review Letters nesta quinta-feira, foi o mais distante j� observado: a fus�o de dois buracos negros teria ocorrido a tr�s bilh�es de anos-luz e gerado um objeto cuja massa � 49 vezes a do Sol.

Nos casos anteriores, as ondas gravitacionais detectadas tamb�m haviam sido geradas a partir da colis�o de buracos negros.

As tr�s detec��es foram realizadas por meio do instrumento Ligo (Observat�rio de Ondas Gravitacionais por Interfer�metro de Laser), que conta com dois detectores id�nticos de quatro quil�metros de comprimento, localizados a 3.000 km um do outro, em Louisiana e no estado de Washington.

A primeira fus�o detectada, ocorrida a 1,3 bilh�o de anos-luz, deu origem a um objeto de massa equivalente a 62 vezes a do Sol. J� o segundo evento observado teria ocorrido a 1,4 bilh�o de anos-luz e gerou um objeto com 21 massas solares.

"� not�vel que os humanos possam teorizar e testar este tipo de fen�menos estranhos e extremos que aconteceram h� bilh�es de anos e a bilh�es de anos-luz de dist�ncia da Terra", afirmou David Shoemaker, astrof�sico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e porta-voz da colabora��o cient�fica do Ligo.

- Lado escuro do Universo -

Esta �ltima observa��o fornece "uma confirma��o adicional da exist�ncia de buracos negros que s�o maiores do que 20 massas solares. Estes s�o objetos que n�o sab�amos que existiam antes do Ligo detect�-los", acrescentou Shoemaker.

Sem a detec��o das ondas gravitacionais, os buracos negros s�o invis�veis porque n�o emitem luz, apontou Shoemaker.

Devido ao fato de que a fonte das ondas detectadas mais recentemente est� muito mais longe, esta descoberta permitiu provar a exatid�o de um dos corol�rios da teoria da relatividade geral, segundo a qual as ondas gravitacionais n�o se dispersam ao se propagar, dando uma vez mais a raz�o a Albert Einstein.

A localiza��o das fontes de sinais de ondas gravitacionais melhorar� significativamente no decorrer dos pr�ximos meses, quando o Virgo, o interfer�metro europeu localizado na It�lia, aumentar sua rede de sensores, afirmam os astrof�sicos.

"Com a confirma��o da terceira detec��o de ondas gravitacionais, o Ligo se reafirma como um observat�rio poderoso para revelar o lado escuro do Universo", comemorou David Reitze, respons�vel do Ligo em Caltec, o Instituto de Tecnologia da Calif�rnia.

"Embora o Ligo tenha sido concebido especificamente para observar as fus�es dos buracos negros, esperamos poder captar em breve outros eventos de astrof�sica, como as colis�es violentas entre duas estrelas de n�utrons", explicou.

O Ligo, no qual trabalham mais de 1.000 cientistas dos Estados Unidos e de outros 14 pa�ses, captou pela primeira vez as ondas gravitacionais em setembro de 2015 durante sua primeira campanha de observa��o ap�s a moderniza��o do instrumento.


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