Um novo atentado, o segundo em menos de duas semanas no Reino Unido, deixou sete mortos, al�m dos tr�s autores, e 48 feridos no s�bado � noite em uma zona muito movimentada de Londres.
Tr�s homens atropelaram com uma van os pedestres na famosa London Bridge, antes de descer do ve�culo para esfaquear v�rias pessoas no Borough Market, em uma �rea de bares e restaurantes ao redor do mercado.
A pol�cia matou os tr�s terroristas.
Infelizmente, acabam de confirmar que sete pessoas morreram, afirmou a chefe de pol�cia da capital inglesa, Cressida Dick.
A pol�cia tamb�m informou que 48 pessoas foram hospitalizadas. Dessas, 21 est�o em estado cr�tico.
Muitos feridos foram atendidos no local por les�es que os servi�os de emerg�ncia consideraram "menos graves".
"�s 22H08 (18H08 de Bras�lia) de ontem come�amos a receber avisos de que um ve�culo havia atropelado transeuntes na London Bridge", disse um porta-voz da pol�cia.
"O ve�culo prosseguiu da London Bridge para Borough Market. Os suspeitos abandonaram o ve�culo, e um n�mero de pessoas foi esfaqueado", acrescentou a mesma fonte.
"Policiais armados responderam rapidamente e de forma corajosa, enfrentando os tr�s homens suspeitos, que foram atingidos por tiros e morreram", explicou o porta-voz da pol�cia.
A morte dos suspeitos aconteceu "em oito minutos" desde que a Pol�cia recebeu o alerta do incidente, elogiou a mesma fonte.
"Os suspeitos estavam com algo que pareciam cintur�es de explosivos, mas que depois se revelaram falsos", concluiu.
Entre os feridos est�o quatro franceses e um australiano, de acordo com seus respectivos governos.
A chanceler alem� Angela Merkel expressou solidariedade e disse que "hoje estamos unidos al�m de qualquer fronteira pelo horror e o luto, mas tamb�m pela determina��o".
O presidente russo Vladimir Putin tamb�m condenou o atentado e expressou "profundos p�sames" ao povo brit�nico.
- Elei��o confirmada -
O atentado aconteceu a quatro dias das elei��es legislativas e foi o segundo no Reino Unido em menos de duas, depois do ataque que deixou 22 mortos em Manchester em 22 de maio em um show da cantora Ariana Grande.
O ataque se parece com o executado em 22 de mar�o perto do Parlamento, quando um homem atropelou v�rias pessoas na ponte de Westminster e depois esfaqueou um policial. Cinco pessoas morreram na a��o terrorista.
A primeira-ministra brit�nica Theresa May atribuiu o atentado de s�bado � noite em Londres ao "extremismo islamita" e anunciou que as elei��es legislativas acontecer�o na pr�xima quinta-feira como estava previsto.
May disse que o pa�s enfrenta "uma nova forma de amea�a", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo islamita".
"O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato n�o com base em compl�s cuidadosamente preparados, e sim porque s�o agressores que copiam uns aos outros utilizando os meios mais ordin�rios", disse May em Downing Street ap�s uma reuni�o extraordin�ria do comit� de seguran�a.
Vencer a ideologia islamita "� um dos grandes desafios do nosso tempo", completou, antes de ressaltar que a resposta n�o deve ser apenas realizar opera��es antiterroristas continuamente, e sim lev�-la ao terreno das ideias e a internet "para evitar a propaga��o".
Quase todos os partidos suspenderam a campanha neste domingo, mas esta continuar� "amanh� (segunda-feira) e as elei��es gerais acontecer�o como estava previsto na quinta-feira, 8 de junho", disse May.
"O Partido Conservador n�o far� campanha nacional hoje. Vamos avaliar a situa��o durante o dia", afirmou um porta-voz da forma��o.
O l�der do opositor Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou em um comunicado que seu partido suspender� todos os atos eleitorais a n�vel nacional "como demonstra��o de respeito aos falecidos e aos feridos".
Tamb�m decidiram suspender a campanha o Partido Nacional Escoc�s (SNP) e o Partido Liberal-Democrata.
O l�der do partido antieuropeu UKIP, Paul Nuttall, foi o �nico que n�o suspendeu a campanha, porque, segundo ele, "� exatamente o que os extremistas querem que fa�amos".
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, chamou o atentado de "b�rbaro" e injustific�vel.
"Foi um ataque deliberado e covarde contra londrinos e turistas de nossa cidade que desfrutavam do s�bado � noite", disse.
Uma testemunha, que se identificou apenas como Dee, de 26 anos, que mora em Londres mas n�o � brit�nica, disse � AFP pouco depois da a��o, visivelmente emocionada, que foi um "atentado terrorista".
"Uma van bateu contra a mureta da London Bridge e depois apareceu um cara com uma faca, desceu as escadas e entrou em um bar. Um bar franc�s. N�o entrou no bar, estava no terra�o", explicou, sem revelar o seu sobrenome e nacionalidade.
- "Estavam esfaqueando todo mundo" -
Outra testemunha, Alex Shellum, disse � BBC que estava em um bar na London Bridge com amigos quando "uma mulher ferida entrou e pediu ajuda".
"Ela sangrava muito no pesco�o, parecia que haviam cortado o seu pesco�o. As pessoas tentaram estancar a hemorragia".
Gerard, que tamb�m estava na �rea, disse � BBC que viu um homem dando pelo menos 10 facadas em uma jovem.
"Estavam esfaqueando todo mundo. Corriam e gritavam: 'Isto � por Al�!'", relatou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou o atentado para pedir � justi�a de seu pa�s que retire o bloqueio a seu decreto que pretende proibir a entrada no territ�rio americano de pessoas de certas nacionalidades.
"Precisamos da proibi��o de viajar como n�vel adicional de seguran�a!", escreveu no Twitter.
Trump tamb�m ofereceu ajuda ao aliado europeu.
"Tudo o que os Estados Unidos puderem fazer para ajudar Londres e o Reino Unido, estaremos l�. ESTAMOS COM VOC�S. QUE DEUS OS ABEN�OE!", tuitou Trump.
A London Bridge foi fechada nos dois sentidos, com a presen�a de muitas viaturas da pol�cia e ambul�ncias.