O presidente-executivo (CEO) da Uber Travis Kalanick anunciou nesta ter�a-feira que tirar� uma licen�a sab�tica, em um momento em que a empresa encara importantes reformas para enfrentar acusa��es de m� conduta corporativa.
"� dif�cil estabelecer um tempo limite para isso, pode ser mais curto ou mais longo do que o esperado", disse Kalanick em um e-mail dirigido a funcion�rios da Uber. "Se vamos trabalhar pela Uber 2.0, tamb�m preciso trabalhar no Travis 2.0 para me tornar o l�der que essa companhia precisa e que voc�s merecem", afirmou.
Kalanick disse que uma das raz�es para seu afastamento foi a recente morte de sua m�e, explicando que precisa de "algum tempo para processar o luto" e "refletir, trabalhar em mim mesmo e concentrar-me na constru��o de uma lideran�a mundial".
A Uber tamb�m publicou um documento de 13 p�ginas em que destaca a necessidade de importantes reformas na companhia, com base na investiga��o realizada pelo ex-procurador-geral Eric Holder, que investigou acusa��es de conduta inapropriada e erros �ticos.
A Uber tamb�m � questionada sobre o uso de programas para driblar regula��es e de t�ticas aparentemente empregadas para desestabilizar seus concorrentes no mercado de transporte urbano privado.
Na �ltima ter�a-feira, a companhia informou ter despedido 20 funcion�rios, depois de ter recebido 215 queixas dentro da empresa referidas a abuso sexual e discrimina��o.
Ainda neste �mbito legal, o governo dos Estados Unidos abriu uma investiga��o penal contra a Uber, suspeita de ter utilizado um software para que seus motoristas evitem ser detectados pelas autoridades nas �reas onde seus carros n�o podem trabalhar.
Presente em 500 cidades no mundo, a Uber enfrenta frequentemente problemas legais com seus motoristas (mal remunerados em Nova York), com os t�xis (na Argentina, na Fran�a, na Pol�nia, na Espanha, no Brasil entre outros pa�ses) e com as autoridades.