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Estado de Minas

Boston faz grande manifesta��o antirracismo uma semana ap�s Charlottesville


postado em 20/08/2017 07:46

Milhares de manifestantes foram �s ruas de Boston neste s�bado para denunciar o racismo e a extrema direita, em um protesto marcado por confrontos com a Pol�cia, em um clima de tens�o nos Estados Unidos, ap�s a viol�ncia em Charlottesville e a pol�mica rea��o de Donald Trump.

"N�o h� lugar para o �dio" e "Fora nazistas" diziam alguns dos cartazes trazidos na passeata pelos cerca de 40.000 manifestantes, segundo a Pol�cia, que vieram a este reduto democrata para contrabalan�ar uma concentra��o pr�xima convocada oficialmente a favor da "liberdade de express�o", mas que reunia militantes de extrema direita.

Depois de uma semana de alta tens�o nos Estados Unidos, com a derrubada apressada de monumentos confederados, considerados por muitos s�mbolos racistas, a Pol�cia de Boston mobilizou um forte contingente para separar os dois grupos.

Apenas algumas dezenas de pessoas se concentraram na manifesta��o na qual se antecipou a presen�a de militantes de extrema direita, segundo imagens do encontro, que terminou meia hora antes do previsto.

Ao final da passeata, manifestantes antirracistas foram violentamente reprimidos pela Pol�cia, que investiu contra eles usando equipamentos antimotim, segundo um fot�grafo da AFP.

Mas os conflitos estiveram longe do n�vel de viol�ncia registrado em Charlottesville, onde um simpatizante neonazista lan�ou o carro que dirigia contra uma multid�o, matando uma mulher e deixando 19 feridos.

A Pol�cia de Boston realizou 27 deten��es, disse o delegado William Evans. Ele contou, ainda, que n�o houve nenhum ferido grave.

A manifesta��o encerrou uma semana de alta tens�o sobre o tema racial nos Estados Unidos, que s� melhorou depois que o presidente Donald Trump defendeu alguns dos participantes da marcha de neonazistas em Charlottesville como "gente muito boa".

Embora inicialmente tenha chamado os manifestantes antirracistas de "agitadores", ao fim da marcha Trump expressou-se em um tom mais positivo.

"Quero aplaudir os muitos manifestantes de Boston, que se expressam contra a intoler�ncia e o �dio. Nosso pa�s estar� unido em breve", escreveu no Twitter.

Sua filha Ivanka Trump, que � judia, se uniu ao apoio aos manifestantes. "Foi bonito ver milhares de pessoas em todos Estados Unidos reunidas para denunciar a intoler�ncia, o racismo e o antissemitismo. Devemos permanecer juntos, unidos como americanos".

Tamb�m foram organizadas manifesta��es em outras cidades como Dallas e Atlanta, onde milhares de pessoas participaram da mobiliza��o.

- Isolado -

Depois de uma das semanas mais desastrosas de seu curto mandato, Trump est� relegado a um isolamento crescente.

Declara��es indignadas de dirigentes republicanos, a onda de deser��es entre seus assessores econ�micos e cr�ticas de grandes nomes da cultura: o profundo mal-estar com as amb�guas declara��es do presidente americano persiste.

Na mais recente consequ�ncia de suas pol�micas declara��es, Donald Trump anunciou neste s�bado que n�o ir� � entrega dos pr�mios art�sticos mais prestigiosos de Washington - os do Kennedy Center para as Artes C�nicas -, para evitar "interfer�ncias pol�ticas", depois das desist�ncias anunciadas por v�rios dos contemplados.

A core�grafa americana Carmen de Lavallade se refiriu justamente ao "discurso (da administra��o Trump), que alimenta a divis�o" para declinar o convite a uma recep��o na Casa Branca, organizada tradicionalmente no dia da cerim�nia, em 3 de dezembro.

Antes dela, o diretor Norman Lear j� tinha advertido que tampouco ir�. Escaldado pelas controv�rsias, o cantor Lionel Richie, outro contemplado, explicou esta semana que ainda n�o tinha tomado uma decis�o.

Mas diretores do Kennedy Center saudaram rapidamente a decis�o presidencial. "Ao decidir n�o participar das atividades deste ano, a administra��o mostrou elegantemente seu respeito pelo Kennedy Center e permite assegurar que a cerim�nia de entrega dos pr�mios ser� um momento especial, bem merecido para os premiados".

- Homenagem a Bannon -

N�o � a primeira vez que Donald Trump decide desdenhar de uma grande tradi��o de Washington. Em abril, ele j� tinha decidido evitar o jantar anual dos correspondentes, que re�ne a nata da imprensa e da pol�tica americana.

Tratam-se de decis�es que satisfazem � sua base, que se deleita com os desplantes a um establishment denunciado em v�rias ocasi�es durante a campanha eleitoral.

Longe de dar uma tr�gua a seus imprevis�veis declara��es e tu�tes que sacodem Washington desde que chegou � Casa Branca, em 20 de janeiro, as "f�rias de trabalho" de Donald Trump em Nova Jersey e Nova York continuaram marcadas pela pol�mica e por an�ncios imprevistos.

No dia seguinte � demiss�o de Steve Bannon, seu pol�mico assessor estrat�gico, o presidente prestou-lhe uma homenagem neste s�bado, que tamb�m serviu para alfinetar seu alvo preferido: a imprensa.

"Steve Bannon ser� uma nova voz dura e inteligente no @BreitbartNews... Talvez inclusive melhor do que nunca. A m�dia mentirosa precisa desta concorr�ncia", acrescentou.


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