
Pouco antes das 8h (4h de Bras�lia) em Londres, os transeuntes paravam em frente �s grades do pal�cio de Kensington, onde residia, para admirar as muitas fotos da ainda muito popular princesa de Gales. Alguns deixavam flores entre as dezenas de buqu�s.
"Inesquec�vel", dizia um homem com um casaco reproduzindo a bandeira brit�nica.
"Sempre em nossos cora��es. Suas obras ser�o perpetuadas por seus filhos", constava em um outro cartaz.
Um dos buqu�s, dado por um dos muitos admiradores, foi colocado no dia anterior pelo filho mais novo de Diana, o pr�ncipe Harry, de 32 anos, que esteve com seu irm�o William para ver as homenagens.
Pouco antes, na companhia da mulher de William, Kate, visitaram o jardim ef�mero de flores brancas criado em sua mem�ria no pal�cio de Kensington.
"Ela se importava com as pessoas, era excepcional. Seus filhos continuam seu trabalho, s�o como ela", declarou na quarta-feira � AFP Lena Pettersson, uma empregada dom�stica sueca que viajou a Londres para a ocasi�o.
Revolucion�ria

Ap�s a s�bria homenagem, nenhum compromisso oficial estava previsto para esta quinta-feira, 31 de agosto, dia em que o ve�culo que transportava Lady Di se chocou contra uma pilastra do t�nel de Alma em Paris, matando a princesa de 36 anos e seu novo amor, o herdeiro eg�pcio Dodi al-Fayed.
Algumas pessoas recordaram o anivers�rio de sua morte na madrugada desta quinta perto do t�nel em Paris.

"Era crian�a quando ela morreu, mas estudei sua biografia", contou Marie Hermann, de 25 anos, uma jornalista alem�.
"Amo Diana e seu compromisso com as causas humanit�rias", acrescentou.

"Lembro o dia de seu casamento e o dia de sua morte", relata Linda Bigelbach, de 61, que mora em St. Paul, em Minnesota. Para ela, Diana "sempre ser� a princesa do povo".
"Era revolucion�ria, mudou a fam�lia real para sempre", estimou Sian Croston, uma londrina de 17 anos.
Perpetuar seu compromisso

Desde seu noivado com o pr�ncipe herdeiro Charles, quando era apenas uma t�mida jovem de 20 anos, passando por seu papel de m�e dedicada e defensora de causas humanit�rias, at� sua morte, Diana desestabilizou a fam�lia real brit�nica e marcou uma �poca.

Amiga de celebridades e personagem midi�tica, essa aristocrata, cuja imagem p�blica escondia uma personalidade atormentada, construiu uma popularidade mundial ao demonstrar empatia com os desfavorecidos. Suas confid�ncias privadas revelaram tamb�m uma mulher independente que tomou certas liberdades em rela��o ao protocolo e �s tradi��es mon�rquicas.

Preocupados com perpetuar o compromisso de sua m�e e preservar seu legado, os dois pr�ncipes encontraram na quarta-feira (30) representantes de organiza��es beneficentes que ela apoiava, longe do glamour do gigantesco espet�culo preparado em Londres para o 10º anivers�rio de seu falecimento.
"Todos n�s perdemos algu�m", disse Harry, citado pela Press Association.
Um servi�o memorial est� previsto para a tarde desta quinta-feira no Mildmay Mission Hospital, em Londres, uma associa��o de ajuda aos portadores da aids. Diana visitava a institui��o regularmente.

Para ancorar permanentemente a mem�ria da m�e, William e Harry tamb�m encomendaram uma est�tua de Diana para ser erguida mais tarde - provavelmente antes do final do ano - nos jardins de Kensington.
Foi esse processo de legado que os levou a quebrar anos de sil�ncio oficial em torno de sua m�e para falar sobre ela, pela primeira vez de cora��o aberto, em um document�rio exibido em julho na rede de televis�o brit�nica ITV.
"Para Harry e eu, � extremamente importante celebrar sua vida", disse William.