(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Fome dispara no mundo em 2016 pela primeira vez em uma d�cada


postado em 15/09/2017 09:52

O maior n�mero de conflitos e as mudan�as clim�ticas s�o as principais causas de um brusco aumento da fome no mundo em 2016, ap�s uma d�cada de retrocesso quase constante, alertou nesta sexta-feira a ONU, que pediu mais investimentos agr�colas.

No ano passado, a fome afetou 815 milh�es de pessoas, que representam 11% da popula��o mundial, e 38 milh�es de pessoas a mais que em 2015, segundo o relat�rio sobre a seguran�a alimentar mundial.

O aumento se deve em grande parte � prolifera��o de conflitos e a fen�menos clim�ticos, apontou a ONU.

Mais da metade das pessoas que sofriam de fome no ano passado, 489 milh�es, vivem em pa�ses atingidos por conflitos.

Paralelamente, 155 milh�es de crian�as menores de 5 anos sofrem um d�ficit de crescimento por causa da fome e 52 milh�es de crian�as sofrem uma insufici�ncia de peso em rela��o a sua altura.

- Sobrepeso infantil -

O estudo destaca ao mesmo tempo que 41 milh�es de crian�as com menos de cinco anos sofrem sobrepeso, o que aumenta o risco de sofrer obesidade e doen�as durante a idade adulta.

"A anemia entre as mulheres e a obesidade entre os adultos tamb�m s�o preocupantes", afirma o relat�rio publicado por v�rias ag�ncias da ONU: FAO (Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura), Fida (Fundo Internacional da ONU para o Desenvolvimento Agr�cola), PAM (Programa Mundial de Alimentos), al�m do Unicef e da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de).

"Estas tend�ncias n�o s�o apenas consequ�ncia dos conflitos e da mudan�a clim�tica, mas tamb�m de mudan�as profundas nos h�bitos alimentares e da pobreza ligada �s desacelera��es econ�micas".

De acordo com as ag�ncias da ONU, 520 milh�es de pessoas sofrem fome na �sia (11,7% da popula��o do continente), 243 milh�es na �frica (20%) e 42 milh�es (6,6%) na Am�rica Latina e Caribe.

Desde 2005, quando havia 926 milh�es de pessoas no mundo afetadas pela fome, os dados mostravam um retrocesso cont�nuo at� 2014, ano em que a tend�ncia se inverteu muito rapidamente com 776 milh�es (frente a 775 milh�es em 2013). Em 2015, o total tamb�m somou um milh�o a mais (a 777 milh�es).

Para Gilbert Houngbo, presidente do Fida, era "dif�cil interpretar" esta pequeno avan�o entre 2013 e 2015.

"Mas, em 2016, o aumento realmente constitui nossa maior preocupa��o em 15 anos", declarou por telefone � AFP.

- Investimentos a longo prazo -

Houngbo advertiu especialmente sobre "o crescente impacto" das mudan�as clim�ticas, com "a seca que perdura na Som�lia, na Eti�pia e na �frica Oriental".

"Os investimentos de longo prazo s�o insuficientes para permitir que as popula��es rurais nas zonas mais rec�nditas possam viver de suas colheitas", acrescentou.

"� preciso reconhecer que h� uma tomada de consci�ncia da comunidade internacional sobre este problema", mas � necess�rio "relan�ar o investimento agr�cola no longo prazo", acrescentou.

Em particular, Houngbo pediu investimentos para os pequenos agricultores, respons�veis por 80% da produ��o agr�cola na �frica, apesar de suas planta��es terem uma superf�cie m�dia que n�o excede dois hectares.

Para este respons�vel, deve haver ainda uma "complementariedade" entre os pequenos agricultores africanos -entre 38 e 40 milh�es- e as grandes multinacionais, que tentam investir maci�amente no continente.

"A quest�o n�o � pressionar os grandes grupos, na medida em que o setor agr�cola privado est� cada vez mais interessado em investir tamb�m nos pequenos produtores, a quest�o � como estabelecer associa��es compartilhando riscos".

A Fida lan�ar� em janeiro um fundo de investimentos para pequenos propriet�rios.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)