Oito pessoas morreram - incluindo cinco argentinos e uma belga - quando um homem jogou sua caminhonete contra ciclistas e pedestres nesta ter�a-feira, em Nova York, em "um ato de terrorismo", revelou o prefeito Bill de Blasio. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
"Com base na informa��o de que dispomos no momento, trata-se de um ato de terrorismo (...) particularmente covarde", disse o prefeito democrata durante entrevista coletiva, na qual lamentou "este dia muito doloroso para nossa cidade".
"Isto foi dirigido a civis inocentes, dirigido a pessoas que vivem suas vidas e que n�o tinham ideia do que iria ocorrer. Neste momento sabemos que oito pessoas inocentes perderam suas vidas e que mais de dez est�o feridas".
O governador democrata de Nova York, Andrew Cuomo, destacou que a cidade "� um s�mbolo internacional de liberdade e democracia", o que a faz "tamb�m um alvo desta gente que rejeita estes conceitos". "J� vivemos isto antes".
Segundo testemunhas, o agressor jogou sua caminhonete contra ciclistas e pedestres e gritou "Allahu Akbar" (Deus � grande, em �rabe) antes de ser baleado pela pol�cia.
As redes de televis�o identificaram o agressor como o usbeque Sayfullo Saipov, 29 anos. Segundo o site WhitePages, o homem mora em Tampa desde junho de 2011 e tinha outros endere�os em Ohio. Foi fichado por v�rias infra��es de tr�nsito.
Em um primeiro momento, o presidente Donald Trump qualificou o agressor de "doente e perturbado".
"Em NYC parece ser outro ataque de uma pessoa muito doente e perturbada", tuitou o presidente. "As autoridades acompanham isto de perto. N�O NOS EUA!"
Posteriormente, Trump declarou que "n�o podemos permitir ao ISIS (grupo Estado Isl�mico) retornar ou entrar em nosso pa�s ap�s o termos derrotado no Oriente M�dio e em outros lugares. Basta"!
Horas ap�s o ataque, o presidente americano determinou o refor�o do programa de controle de estrangeiros que tentam entrar no pa�s.
"Acabo de ordenar a (departamento de) Seguran�a Interna o refor�o do nosso programa de revis�o j� extremo", tuitou Trump.
O presidente franc�s, Emmanuel Macron, expressou suas "condol�ncias e a solidariedade da Fran�a a Nova York e aos Estados Unidos". "Nossa luta pela liberdade nos une mais do que nunca. #Manhattan", publicou no Twitter.
A primeira-ministra brit�nica, Theresa May, se solidarizou. "Juntos derrotaremos o mal do terrorismo".
Segundo o oficial, o agressor dirigia uma caminhonete alugada branca com um logo da rede de ferragens Home Depot e ap�s o atropelamento bateu contra um �nibus escolar, ferindo dois adultos e duas crian�as.
Ap�s a colis�o, o homem saiu do ve�culo com duas armas e foi baleado pela pol�cia no abdome.
Os policiais verificaram posteriormente que uma arma era de press�o (chumbinho) e outra de paintball.
Dos oito mortos, seis homens faleceram no local e duas pessoas foram declaradas mortas no hospital. Outras onze pessoas foram hospitalizadas com les�es graves, mas sem risco de morte.
A chancelaria em Buenos Aires informou que o ataque matou cinco argentinos, "da cidade de Rosario" (300 Km ao norte de Buenos Aires), que integravam "um grupo de amigos que celebrava o 30� anivers�rio de formatura da Escola Polit�cnica desta cidade".
Os mortos foram identificados como Hern�n Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Dami�n Pagnucco, Ariel Erlij e Hern�n Ferruchi.
Outro integrante do grupo, Mart�n Ludovico Marro, "se encontra internado no Presbiterian Hospital de Manhattan (...) fora de perigo".
O chanceler belga, Didier Reynders, anunciou no Twitter "com profundo pesar uma v�tima belga em Manhattan", e manifestou suas "condol�ncias a seus familiares e amigos".
Segundo o chanceler, a v�tima fatal era uma mulher da cidade de Roulers, que visitava Nova York com "uma irm� e sua m�e".
Posteriormente, Reynders informou que outros tr�s belgas ficaram feridos no ataque.
"Meu filho est� ali"
Logo ap�s o ataque, policiais, bombeiros e ambul�ncias chegaram ao local, � margem do rio Hudson, e bloquearam v�rias ruas, enquanto helic�pteros sobrevoavam o sul de Manhattan.
Segundo os servi�os de emerg�ncia, o ataque ocorreu �s 15H06 (17H06 Bras�lia) nas ruas Chambers e West Street, no bairro de TriBeCa, na zona da Stuyvesant High School, quando a cidade celebra a festa do Halloween.
"Meu filho est� ali", gritavam pais preocupados que aguardavam inquietos na porta de uma escola prim�ria onde a sa�da dos alunos foi retardada por quest�o de seguran�a.
"Vi que dois ve�culos, um branco e um micro-�nibus, se chocaram. Dois homens queriam brigar na rua. Um tinha duas pistolas, uma em cada m�o, e no final chegou a pol�cia e escutamos tr�s tiros", declarou Manuel Calle, 46 anos, que trabalha em um restaurante pr�ximo.
Este foi o primeiro ato vinculado ao terrorismo em Nova York desde a explos�o de uma bomba artesanal, em setembro de 2016, em Chelsea, que deixou 31 feridos leves. Um afeg�o de origem americana, Ahmad Khan Rahimi, foi condenado por terrorismo no in�cio deste m�s.
O patrulhamento em Times Square, uma das zonas mais concorridas do mundo, foi refor�ado ap�s a tentativa fracassada de atentado com carro-bomba em 1� de maio de 2010, por parte do imigrante paquistan�s Faisal Shahzad.
O explosivo colocado por Faisal n�o detonou e o homem foi detido quando tentava pegar um voo para o Oriente M�dio, sendo condenado � pris�o perp�tua.
Nova York, alvo dos atentados de 11 de setembro de 2001, � a capital financeira e do entretenimento nos Estados Unidos, com uma popula��o de 8,5 milh�es de habitantes.
