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Estado de Minas

Soldados birmaneses cometeram estupros coletivos 'sistem�ticos' de mu�ulmanas

'Escutei relatos horr�veis sobre estupros e estupros coletivos, um grande n�mero de mulheres e meninas morreram', disse representante da ONU. Milhares de membros da minoria mu�ulmana em Myanmar procuram abrigo


postado em 12/11/2017 16:25 / atualizado em 12/11/2017 18:17

Mulheres rohinyas após chegada de barco a Bangladesh, para viver em campos de refugiados(foto: AFP PHOTO / Dibyangshu SARKAR)
Mulheres rohinyas ap�s chegada de barco a Bangladesh, para viver em campos de refugiados (foto: AFP PHOTO / Dibyangshu SARKAR)
As for�as armadas birmanesas praticaram "sistematicamente" estupros coletivos de mulheres rohinyas, declarou neste domingo uma representante especial da ONU que reuniu depoimentos no sudeste de Bangladesh, onde se refugiaram centenas de milhares de membros desta minoria mu�ulmana que vem do Myanmar.


Pramila Patten, representante especial do secret�rio-geral da ONU encarregada de investigar a viol�ncia sexual contra as mulheres rohinyas, visitou o distrito de Cox's bazar, onde se refugiaram 610.000 rohinyas nas �ltimas 10 semanas.


Muitas destas atrocidades, "orquestradas" pelas for�as armadas birmanesas, "poderiam ser crimes contra a humanidade", declarou � imprensa em Dacca. "Escutei relatos horr�veis sobre estupros e estupros coletivos, um grande n�mero de mulheres e meninas morreram depois de ser estupradas", acrescentou.


Segundo Patten, estes estupros coletivos fazem parte de "um esquema de atrocidades em grande escala" dirigido "sistematicamente contra as mulheres e as jovens rohinyas devido � sua etnia e religi�o". Esta viol�ncia sexual foi "ordenada, orquestrada e cometida pelas for�as armadas de Mianmar" no estado de Rakain, declarou Patten.


Os testemunhos das sobreviventes d�o conta, sistematicamente, de "estupros coletivos cometidos por v�rios soldados, de humilha��es", de mulheres "obrigadas a se despir em p�blico" e de "escravid�o sexual em cativeiro", segundo a representante.


"Uma sobrevivente contou que tinha sido detida pelas for�as armadas birmanesas por 45 dias, durante os quais foi estuprada sistematicamente. Outras ainda t�m cicatrizes, contus�es e marcas de mordidas que mostram o que sofreram", acrescentou Patten.


Entre os respons�veis pelos atos de viol�ncia sexual tamb�m se encontram policiais de fronteira birmaneses e membros de mil�cias formadas por budistas e por outros grupos �tnicos no estado de Rakain, indicou.


Cerca de 900.000 mu�ulmanos rohinyas de Mianmar - do total de um milh�o que viviam no estado de Rakain - fugiram do pa�s para se refugiar em Bangladesh.


Segundo Patten, os atos de viol�ncia sexual, cometidos no �mbito de uma "persegui��o coletiva dos rohinyas" foi "um fator-chave dos deslocamentos for�ados em grande escala" e representaram uma "ferramenta calculada dirigida � extermina��o e � supress�o dos rohinyas como grupo".


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