Metade das pessoas de meia idade com peso normal, que n�o s�o fumantes ou diab�ticos podem desenvolver aterosclerose, o ac�mulo de placas de gordura ou colesterol nas paredes das art�rias, revelaram cientistas na quinta-feira, alertando para a necessidade de novas medidas de controle dos n�veis de colesterol ruim.
Um alto n�vel do chamado 'colesterol ruim', ou LDL-C, � a principal raz�o pela qual indiv�duos aparentemente saud�veis sofrem infartos ou derrames na meia idade, revelou a pesquisa divulgada no peri�dico cient�fico Journal of the American College of Cardiology (JACC).
"Placas ateroscler�ticas est�o presentes em 50% dos indiv�duos de meia-idade (com idades entre 40-54 anos) que n�o apresentam fatores comuns de risco cardiovasculares", destacou a pesquisa.
O estudo contou com a participa��o de 1.800 pessoas sem fatores de risco cl�ssicos para o desenvolvimento de doen�as card�acas ou a ocorr�ncia de derrames.
O Colesterol LDL foi o fator predominante para um poss�vel endurecimento das art�rias, mesmo sem ainda ter causado nenhum problema de sa�de informado pelo entrevistado.
"Mesmo em pessoas com press�o sangu�nea �tima, n�veis de a��car no sangue e colesterol total bons, n�s detectamos uma correla��o independente entre o n�vel de circula��o do LDL-C e a presen�a e extens�o da aterosclerose subcl�nica (sem causa aparente)", relatou o coautor da pesquisa Javier Sanz, do Centro Nacional de Investiga��es Carlos III (CNIC), da Espanha.
De acordo com as orienta��es do Programa Nacional de Educa��o sobre o Colesterol, dos Estados Unidos, s�o descritos como 'altos' os n�veis acima de 160 mg/dL.
Indiv�duos com colesterol entre 130 mg/dL a 159 mg/dL est�o no n�vel considerado 'lim�trofe'.
Os m�dicos devem pensar em formas de ajudar a popula��o a diminuir esses n�veis, como forma de melhorar a qualidade da sa�de, acrescentaram os cientistas.
"Embora a n�o exist�ncia de fatores comuns de riscos cardiovasculares esteja ligada a um menor risco de problemas de cora��o, pessoas nessa situa��o ainda sofrem infartos e derrames", afirmou a principal pesquisadora que participou do estudo, Leticia Fernandez-Friera.
"N�s devemos definir novos par�metros para (determinar) o in�cio de uma aterosclerose nesses indiv�duos aparentemente saud�veis", argumentou.