O governo de Donald Trump suspendeu nesta segunda-feira (29) a restri��o de entrada nos Estados Unidos a refugiados de 11 pa�ses "de alto risco", mas tornou mais rigorosas as condi��es de admiss�o, disse o Departamento de Seguran�a Interior em um comunicado.
Os solicitantes de 11 pa�ses, n�o identificados, mas que, segundo a imprensa local, incluem 10 na��es de maioria mu�ulmana mais a Coreia do Norte, enfrentar�o avalia��es mais estritas e com base "no risco" para serem aceitos.
"� muito importante que saibamos quem entra nos Estados Unidos", disse a secret�ria de Seguran�a Interior, Kirstjen Nielsen.
"Estas medidas de seguran�a adicionais dificultar�o que se aproveitem de nosso programa de refugiados, e garantir�o que adotemos um enfoque mais baseado no risco para proteger a p�tria", apontou.
Os 11 pa�ses, afetados em outubro por uma revis�o da pol�tica de refugiados da administra��o Trump, n�o foram nomeados oficialmente.
Mas os grupos de refugiados dizem que se trata de Egito, Ir�, Iraque, L�bia, Mali, Coreia do Norte, Som�lia, Sud�o do Sul, Sud�o, S�ria e I�men.
Um alto funcion�rio do governo disse a jornalistas que a revis�o da pol�tica de refugiados n�o foi planejada para atacar os mu�ulmanos.
"Nossas admiss�es n�o t�m nada que ver com a religi�o", disse o funcion�rio na condi��o de anonimato.
N�o h� "nada especialmente novo" sobre um processo de sele��o mais rigoroso para os pa�ses com maior n�vel de risco, acrescentou.
- Postura mais dura -
Desde que assumiu, h� um ano, Trump adotou uma postura muito mais dura com os imigrantes e refugiados de todos os pa�ses em rela��o a seu antecessor Barack Obama.
As admiss�es anuais de refugiados ca�ram para mais da metade, a um m�ximo de 45.000 no ano fiscal de 2018, que acaba em 31 de setembro.
No ano fiscal de 2017, iniciado em outubro de 2016, cerca de 110.000 refugiados foram admitidos nos Estados Unidos.
Segundo analistas cr�ticos das medidas de Trump, as pol�ticas do governo republicano levar�o a uma queda de 50% das chegadas de imigrantes por ano, uma admiss�o cada vez menor no territ�rio de pessoas provenientes de pa�ses predominantemente mu�ulmanos da �sia e da �frica.
Na semana passada, Trump prop�s p�r fim a um programa iniciado h� 27 anos que tinha como objetivo diversificar a origem dos imigrantes e que consistia no sorteio de documentos de resid�ncia no pa�s.
Tamb�m prop�s limitar fortemente os casos de reagrupamento familiar, reduzindo-os �s esposas e aos filhos menores de idade dos imigrantes que j� est�o no pa�s.
At� agora, essa "migra��o em rede" podia se estender a pais, av�s, irm�os e outros familiares.
A Casa Branca disse que a pol�tica restritiva era necess�ria para proteger a seguran�a nacional frente a "amea�as terroristas".
Em troca, Trump prop�s um plano que oferece a 1,8 milh�o de imigrantes chegados ilegalmente ao pa�s com seus pais quando eram menores de idade, conhecidos como "dreamers", uma via para acessar a cidadania americana ap�s "um per�odo de 10 a 12 anos".
Democratas e republicanos est�o come�ando as negocia��es sobre essas propostas, junto com a solicita��o de Trump de destinar cerca de 25 bilh�es de d�lares para a constru��o de um muro na fronteira com o M�xico.