Dois brasileiros foram presos em Miami nesta quarta-feira (7) por colaborarem no sequestro de seu neto de oito anos, Nico Brann, que foi levado ao Brasil ela m�e h� cinco anos sem a autoriza��o do pai americano, informaram as autoridades americanas.
O caso ganhou as manchetes nos dois pa�ses quando o pai da crian�a, Chris Brann, testemunhou sobre seu caso ante o Congresso americano em 2016 para pedir a Washington que impusesse san��es ao Brasil por n�o cumprir com a Conven��o de Haia sobre o sequestro internacional de menores.
Em um novo epis�dio desta longa batalha judicial, o FBI deteve Carlos Guimar�es, presidente de 67 anos da ED&F; Man Brasil - empresa de com�rcio de produtos agr�colas com sede em Londres -, e sua esposa, Jemima Guimar�es, de 65 anos, em sua chegada ao aeroporto de Miami.
Sobre a pris�o de seus ex-sogros, Chris Brann comentou em comunicado: "lamento muito que tenhamos chegado a isso. Tudo o que eu queria, e ainda quero, � que meu filho Nico tenha igual acesso a seus dois pais amorosos. Se Nico for devolvido a Houston, estou disposto a pedir ao gabinete do promotor que seja indulgente em seu manejo do caso de Carlos e Jemima".
Chris Brann, m�dico morador de Houston (Texas), e Marcelle Guimar�es se separaram em 2012 e dividiam a guarda do menino. No ano seguinte, ela viajou para Salvador prometendo que voltaria, mas obteve a guarda total em seu pa�s e desde ent�o o pai tenta recuper�-la, mas sem sucesso.
O av�s de Nico Brann s�o acusados de conspira��o e sequestro parental internacional. Caso sejam declarados culpados, enfrentam uma pena de at� cinco anos em uma pris�o federal, indicou a Promotoria do Texas.
Essas acusa��es tamb�m pesam sobre Marcelle Guimar�es, mas ela n�o est� sob cust�dia.
O advogado de Chris Brann, Jared Genser, disse que "tanto o governo do Brasil como o dos Estados Unidos concordam que Nico Brann foi tirado ilegalmente dos Estados Unidos em viola��o � Conven��o de Haia".
N�o obstante, "inexplicavelmente (...), os tribunais brasileiros se negam a devolver Nico aos Estados Unidos", acrescentou.