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Estado de Minas

Ex-presidente da Guatemala e ex-presidente da Oxfam s�o presos por corrup��o

Entre os ex-ministros detidos na opera��o est� Juan Alberto Fuentes Knight, que presidia a organiza��o humanit�ria Oxfam International


postado em 14/02/2018 15:52

Ex-presidente da Guatemala Álvaro Colom foi preso preventivamente, acusado de corrupção (foto: AFP / JOHAN ORDONEZ )
Ex-presidente da Guatemala �lvaro Colom foi preso preventivamente, acusado de corrup��o (foto: AFP / JOHAN ORDONEZ )

O ex-presidente da Guatemala, �lvaro Colom Caballeros, e oito ex-ministros de seu governo (2008-2012), al�m de um ex-vice-ministro, foram presos nessa ter�a-feira), acusados de fraudar e desviar milh�es de d�lares do sistema de transporte p�blico implantado na Cidade da Guatemala a partir de 2009.

Entre os ex-ministros detidos na opera��o coordenada pelo Minist�rio P�blico (MP) guatemalteco est� Juan Alberto Fuentes Knight, que at� ontem presidia a organiza��o humanit�ria Oxfam International. Durante o governo Colom, Fuentes chefiou a pasta de Finan�as P�blicas.

Pouco ap�s ser detido em sua resid�ncia, Colom disse a jornalistas que, para sua equipe, todo o projeto transcorreu dentro da legalidade. “Veremos o que diz o juiz [do caso]”, declarou o ex-presidente guatemalteco, segundo os principais ve�culos de imprensa do pa�s.

Juan Alberto Fuentes tamb�m disse a jornalistas que � inocente. A Oxfam anunciou que Fuentes renunciou ao cargo para se defender das acusa��es “com vigor”. Colom estava � frente da entidade desde abril de 2015 – quando a organiza��o n�o-governamental (ONG) anunciou que sua nomea��o coincidia com uma “importante mudan�a institucional, em um momento em que a Oxfam se reorganiza para se converter em uma entidade mais global, din�mica e influente”.

Acusa��es de explora��o sexual

A pris�o de Fuentes � mais um duro golpe na credibilidade da organiza��o n�o-governamental (ONG), que enfrenta acusa��es de que dirigentes locais e colaboradores pagavam para ter rela��es sexuais com mulheres no Haiti, no Chad e no Sud�o do Sul. No Haiti, onde a prostitui��o � proibida, os casos teriam ocorrido logo ap�s o terremoto que devastou o pa�s, em 2011.

Os esc�ndalos sexuais motivaram a diretora adjunta da Oxfam, Penny Lawrence, a pedir demiss�o do cargo, lamentando os ocorridos. “Me envergonho de que isto tenha sucedido sob o meu mandato e assumo toda a responsabilidade”, lamenta Penny Lawrence em nota divulgada pela Oxfam. “Sinto profundamente o dano e a ang�stia gerada naqueles que apoiam a Oxfam, em todos os setores e, sobretudo, nas pessoas em situa��o de vulnerabilidade que confiaram em nossa organiza��o.”

A Oxfam Brasil se manifestou hoje (14) sobre os casos, afirmando que os abusos sexuais “s�o revoltantes e inadmiss�veis”. Segundo a institui��o, uma comiss�o independente investigar� os casos relatados e os processos de recrutamento est�o passando por uma revis�o.  “N�o pode haver espa�o na Oxfam para quem abusa da posi��o de poder e da confian�a de milhares de pessoas”, disse a institui��o em nota.

A filial brasileira tamb�m se manifestou sobre a pris�o de Fuentes e considerou que seu indiciamento e pris�o provis�ria tornaram “insustent�vel sua perman�ncia no cargo de presidente do Conselho da Oxfam Internacional, ainda que o caso seja do per�odo anterior ao seu mandato com a organiza��o”, completou.

Fraudes na Guatemala

Segundo a Procuradoria-Geral da Guatemala, os ind�cios de irregularidades na gest�o do chamado Transurbano indicam que cerca de US$ 35 milh�es foram desviados por meio de mecanismos legais fraudulentos. De acordo com o MP, agentes p�blicos e empres�rios de transporte participavam do esquema.

Investigadores da Promotoria Especial Contra a Impunidade, do Minist�rio P�blico e da Comiss�o Internacional Contra a Impunidade analisaram documentos, mensagens eletr�nicas e a movimenta��o financeira dos suspeitos, bem como as normas legais e os procedimentos administrativos aprovados no per�odo sob suspeita.

De acordo com o MP, testemunhas afirmaram que, em 2007, a Associa��o de Empres�rios de �nibus (AEAU), n�o s� financiou parte das campanhas eleitorais dos dois principais candidatos � presid�ncia do pa�s, como mobilizou eleitores – um dos favorecidos foi �lvaro Colom, que acabou eleito.

Ainda segundo o MP, ap�s a vit�ria de Colom, a associa��o de empres�rios se organizou para “monopolizar” o sistema de transporte p�blico, criando quatro empresas an�nimas com o prop�sito de captar os recursos destinados ao Transurbano.


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