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Estado de Minas

Pai de 'menino da mala' enfrenta julgamento em Ceuta


postado em 19/02/2018 17:30

O pai do menino marfinense de oito anos cuja imagem escondido dentro de uma mala para entrar na Espanha espantou o mundo em 2015, ser� julgado na ter�a-feira em Ceuta, palco de um grande n�mero de tentativas desesperadas de entrada de migrantes.

"Vou a este julgamento muito confiante porque n�o sou um traficante de pessoas. Eu n�o ia traficar meu pr�prio filho, isso n�o faz sentido", disse � AFP Ali Ouattara, de 45 anos, na v�spera de seu comparecimento ante a Justi�a do enclave sob a administra��o espanhola de Ceuta, no norte de Marrocos.

Foi l� onde em 7 de maio de 2015, em um posto fronteiri�o, uma jovem marroquina chamou a aten��o por levar uma pequena mala estranhamente pesada.

Ao passar a bagagem pelo raio-x, os agentes da Guarda Civil ficaram boquiabertos ao descobrir a silhueta do menino.

A Promotoria pede tr�s anos de pris�o para o pai de Adou Ouattara por facilitar a entrada irregular da crian�a colocando sua vida em perigo.

Ali Ouattara foi preso no mesmo posto fronteiri�o de Ceuta horas depois de seu filho ter sido encontrado na mala, que era carregada por uma mulher de 19 anos.

Assegura ter sido enganado pelos traficantes de pessoas e diz que nunca imaginou que o menino iria em uma mala.

Segundo Ouattara, o homem ao qual pagou 5.000 euros prometeu levar a crian�a em um avi�o at� Madri, e depois lhe disse que ele finalmente entraria no pa�s em autom�vel por Ceuta.

Para o pai, "era obrigat�rio que ele viesse". "N�o pod�amos viver sem ele, pens�vamos nisso o tempo todo", indicou.

Ali, ex-professor de Filosofia e Franc�s em Abidjan, chegou � Espanha em 2006 de forma clandestina em uma embarca��o prec�ria.

Ap�s passar um m�s na pris�o em 2015, este homem morador de Bilbao foi proibido de sair da Espanha e sabe que corre perigo de voltar � cadeia. Sua esposa, sua filha e Adou vivem na Fran�a � espera da decis�o da Justi�a.

Adou, que ficou conhecido como o "menino da mala", ter� que comparecer ao julgamento.

"Preferia que ele se mantivesse � margem porque � um tema do qual n�o quero falar. Nenhum de n�s assumiu essa hist�ria, que � um buraco negro em nossa viagem", diz o pai, que repete seu desejo: "que toda a fam�lia possa viver junta".


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