Os smartphones podem facilitar que as pessoas mais idosas continuem morando em suas casas gra�as a diferentes sistemas de sensores que alertam seus familiares ou cuidadores em caso de alguma anomalia.
O setor da tecnologia para cuidar de idosos � um mercado crescente, e um grande n�mero de fabricantes apresentaram suas �ltimas novidades no Mobile World Congress (MWC), a maior feira da ind�stria m�vel, que acontece at� quinta-feira em Barcelona.
O objetivo � conseguir um lugar no "mercado s�nior", que deve atingir um valor de 20 bilh�es de d�lares em 2020 s� nos Estados Unidos, de acordo com a analista Laurie Orlov.
O interesse no setor � crescente: por um lado, a gera��o do "baby boom" est� envelhecendo e "representa um amplo segmento do mercado", e por outro os sensores ficam mais baratos e tornam o neg�cio mais vi�vel, indicou Orlov.
- Respeito � privacidade? -
A start-up londrina Voltaware mostrou um sistema que utiliza um sensor instalado na caixa de fus�veis da resid�ncia. Este dispositivo transmite os dados de consumo el�trico via wi-fi a um servidor virtual que os analisa.
Se a pessoa idosa n�o se levanta pela manh� e liga a cafeteira, como � habitual, o sistema detecta a falta de atividade e o cuidador � avisado atrav�s de uma mensagem de texto.
O servi�o est� sendo oferecido em per�odo de testes por duas companhias el�tricas no Reino Unido e uma na It�lia.
"Se fosse feito com c�meras, seriam necess�rias v�rias para ver a imagem completa, o que � caro. Nosso sistema n�o � muito caro porque s� � necess�rio um sensor por resid�ncia", disse o presidente da Voltaware, Sergey Ogorodnov.
Outro sistema, desenvolvido pela companhia israelense Vayyar, especializada em imagem 3D, utiliza ondas de r�dio para detectar em que quarto a pessoa se encontra.
O sistema, que requer um s� sensor no centro do im�vel, permite identificar se a pessoa est� sentada, em p�, deitada e inclusive se est� respirando. Se cai ou para de respirar, seu cuidador recebe um alerta.
Em rela��o �s poss�veis preocupa��es com a privacidade dos usu�rios ante esta monitoriza��o, os fabricantes argumentam que s�o os pr�prios idosos que costumam pedir estes sistemas e que podem deslig�-los quando quiserem.
Al�m disso, os sensores n�o gravam imagens como os sistemas de videovigil�ncia, de modo que seu uso � mais apropriado em espa�os pessoais como banheiros, disse o diretor de marketing da Vayyar, Malcolm Berman.
"Os sensores te permitem uma monitoriza��o realmente sofisticada sem ter que se preocupar com as quest�es de privacidade", disse.
- Envelhecimento demogr�fico -
Espera-se que a necessidade de produtos tecnol�gicos que ajudem os idosos a viver em casa por mais tempo cres�a consideravelmente no futuro, dadas as atuais tend�ncias demogr�ficas mundiais.
Globalmente, a popula��o maior de de 60 anos deve se multiplicar at� 2100, crescendo at� 3,1 bilh�es, em compara��o com os 962 milh�es atuais, segundo as estima��es das Na��es Unidas.
Para 2050, est� previsto que mais de um ter�o da popula��o europeia tenha 60 anos ou mais.
A empresa sueca de telecomunica��es Doro, l�der do mercado em telefones celulares f�ceis de usar para idosos, revelou um sistema de monitoriza��o de resid�ncia baseado em sensores que pode mandar um texto se os usu�rios ca�rem ou deixarem a geladeira aberta.
Em um futuro pr�ximo, os sensores poderiam ser usados, inclusive, para prever quando uma pessoa est� a ponto de cair.
A start-up canadense Aerial patenteou um sistema que analisa o comportamento humano em uma casa seguindo as altera��es no sinal do wi-fi quando uma pessoa se move.
A informa��o est� dispon�vel em um aplicativo, permitindo aos familiares controlarem se seu parente se levantou, por exemplo.
A companhia trabalha em uma vers�o mais avan�ada que alerta quando a pessoa est� em risco de cair, ao detectar mudan�as bruscas na velocidade de seu passo.
"H� um forte desejo de que os idosos vivam em casa o m�ximo de tempo que puderem. Qualquer tipo de independ�ncia que possam manter � �timo", disse o diretor de projetos da Aerial, Jon Druker.
