O astrof�sico brit�nico Stephen Hawking, que faleceu nesta quarta-feira aos 76 anos depois de passar v�rias d�cadas em uma cadeira de rodas e com o aux�lio de um respirador artificial, sofria de esclerose lateral amiotr�fica (ELA).
A ELA � uma enfermidade neurodegenerativa paralisante rara, com a m�dia de dois novos casos a cada 100.000 pessoas por ano, mais frequentemente entre pessoas com idades de 55 a 65 anos.
Hawking teve a doen�a diagnosticada aos 21 anos.
A doen�a integra um grupo de neuropatias motoras, que provocam uma degenera��o f�sica progressiva: as v�timas perdem o controle de seus m�sculos. No caso de Hawking, por exemplo, ele era capaz de controlar apenas um m�sculo do corpo, o da bochecha.
Come�a com a perda da capacidade de movimentar os bra�os e as pernas. Quando a paralisia alcan�a os m�sculos do diafragma e a parede tor�cica, os pacientes perdem a capacidade respirat�ria e precisam de assist�ncia artificial.
Apesar da doen�a, Hawking desafiou as previs�es que, em meados dos anos 1960, davam mais dois anos de vida e continuou trabalhando por d�cadas, em sua cadeira de rodas e conectado a um respirador artificial.
O �nico m�sculo que ele conseguia movimentar servia para sua comunica��o por meio de um computador que interpretava seus gestos faciais e os traduzia para uma voz eletr�nica, que virou sua marca registrada.
Os m�dicos consideram sua longevidade um mist�rio porque a doen�a n�o tem cura.
De acordo com as estat�sticas, a morte acontece geralmente entre 24 e 36 meses depois do diagn�stico, provocada pela incapacidade de respirar.