Ministros de 16 pa�ses pretendem trabalhar em conjunto sobre Venezuela

Washington, 19 - Ministros de Finan�as de diversos pa�ses da Am�rica Latina, dos Estados Unidos e da Europa concordaram em trabalhar em conjunto para localizar e confiscar produtos de corrup��o de membros do governo da Venezuela, disseram dois funcion�rios do Departamento do Tesouro dos EUA nesta quinta-feira.

A decis�o foi tomada durante reuni�o em Washington no in�cio do dia, onde autoridades financeiras de 16 pa�ses tamb�m discutiram maneiras de fornecer assist�ncia econ�mica e humanit�ria � Venezuela, incluindo o al�vio da d�vida, caso o presidente Nicol�s Maduro seja substitu�do por um governo considerado leg�timo e comprometido com a reforma econ�mica. Autoridades da Fran�a, Reino Unido, Alemanha, Jap�o e de todas as principais na��es latino-americanas, incluindo o Brasil, participaram da reuni�o, que ocorreu ao mesmo tempo que o encontro de primavera do Fundo Monet�rio Internacional (FMI).

O FMI prev� que a economia venezuelana ir� encolher 15% neste ano, prolongando pelo quinto ano consecutivo uma recess�o que j� superou em tamanho a crise de 1929 dos EUA. A infla��o neste ano deve subir para quase 14.000%. "A��es concretas s�o necess�rias para restringir a capacidade de autoridades corruptas venezuelanas e suas redes de apoio de abusarem do sistema financeiro internacional", disse o secret�rio do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em um comunicado ap�s a reuni�o. No entanto, ele n�o deu detalhes sobre as a��es acordadas.

Os dois funcion�rios do Tesouro americano disseram que uma apresenta��o conjunta da Col�mbia e dos EUA descreveu como as principais autoridades venezuelanas, operando por meio de empresas de fachada, absorveram at� 70% do financiamento para o programa de Maduro que alivia a fome com o uso de contratos sem licita��o, sobrefaturamento e com revenda no mercado negro de caixas de alimentos montadas no M�xico. Uma parte da apresenta��o mapeou detalhadamente uma rede de Hong Kong e envolveu 30 companhias de fachada espalhadas por quatro continentes, disseram as autoridades.

Maduro rejeitou consistentemente as ofertas de assist�ncia humanit�ria dos EUA, considerando-as uma tentativa velada de desestabilizar seu governo. Ele tamb�m culpa as san��es financeiras impostas pelo governo de Donald Trump para for�ar sua administra��o a atrasar o pagamento de seus t�tulos e a exacerbar os problemas econ�micos.

De acordo com as autoridades do Tesouro dos EUA, o objetivo do rastreamento de corrup��o da Venezuela � aproveitar e, eventualmente, devolver o dinheiro roubado ao povo venezuelano em um cen�rio p�s-Maduro. Eles disseram que os participantes tamb�m concordaram em evitar que o governo da Venezuela liquide os pre�os valiosos de ativos no exterior, como refinarias de petr�leo e a companhia Citgo, em Houston, em busca de dinheiro, o que prolongaria o poder do governo.

Maduro busca ser reeleito no m�s que vem, em uma vota��o boicotada pela oposi��o e que os EUA e a Uni�o Europeia condenaram como uma farsa porque diversos cr�ticos do governo foram proibidos de concorrer. � medida que a economia da Venezuela continua a sofrer, o governo e a gigante petrol�fera estatal PdVSA deixaram de pagar suas d�vidas. Qualquer programa de resgate ao pa�s rico em petr�leo exigiria apoio internacional de longo prazo e envolveria um consider�vel al�vio da d�vida, disseram as duas autoridades americanas.

Em contraste, eles afirmaram que tanto os credores privados quanto os credores p�blicos que continuam emprestando a Maduro correm o risco de ter seus empr�stimos desqualificados devido � falta de aprova��o da Assembleia Nacional, controlada pela oposi��o, que os EUA e outros pa�ses consideram a �ltima institui��o democr�tica em solo venezuelano.

"Olhando adiante, os participantes reconheceram que um governo na Venezuela que garanta o apoio da regi�o, e esteja preparado para promulgar pol�ticas econ�micas a fim de recuperar a prosperidade do pa�s para seu povo, receberia o apoio da comunidade financeira internacional", pontuou o comunicado de Mnuchin. Fonte: Associated Press.