
O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Isl�mico por meio de seu bra�o de propaganda Amaq.
H� ao menos 21 mulheres e cinco crian�as entre os mortos, segundo o porta-voz do Minist�rio da Sa�de, Wahid Majrooh.
Um homem-bomba explodiu em frente ao centro de cadastramento, onde os eleitores recolhem as c�dulas de identidade antes de se inscrever.
"Agora sabemos que o governo � incapaz de nos proteger", gritou um homem, Akbar, insultando o presidente, Ashraf Ghani, antes do canal Tolo News (privado) interromper a transmiss�o.
"Morte ao governo", "morte aos talib�s", gritava a multid�o ao seu redor, mostrando c�dulas ensanguentadas e espalhadas pelo ch�o.
Os talib�s indicaram, por meio de seu porta-voz, Zabibul� Mujahid, que seus "mujahidin n�o t�m nada a ver com o ataque", responsabilizando implicitamente o grupo Estado Isl�mico (EI).
O atentado ocorreu durante a manh� em um bairro de maioria xiita no oeste da capital, Sasht e Barshi. Os militantes do Estado Isl�mico atacam regularmente a minoria xiita desde 2016.
"As pessoas estavam vindo recolher suas c�dulas de identidade quando ocorreu a explos�o na entrada. Era um kamikaze", declarou o chefe de pol�cia de Cabul, Dawood Amin.
O porta-voz do Minist�rio do Interior, Najib Danish, disse que "o kamikaze chegou a p� e acionou sua carga no meio da multid�o".
No ch�o havia po�as de sangue e um grande n�mero de corpos. Os carros estavam carbonizados e um edif�cio de dois andares foi parcialmente destru�do.
Este � o primeiro ataque em Cabul contra um centro de cadastramento para as legislativas de 20 de outubro, processo que come�ou em 14 de abril. Mas outros dois centros foram atacados no interior do pa�s na �ltima semana.
Na sexta-feira, um foguete atingiu um centro de cadastramento na prov�ncia de Badghis (norte), deixando um morto e um ferido entre os policiais que custodiavam o local, segundo o vice-governador, Faiz Mohamad Moizada, contatado pela AFP, que culpou os talib�s.
Na ter�a, tr�s funcion�rios da comiss�o eleitoral e dois policiais foram sequestrados durante 48 horas na prov�ncia de Ghor (centro). Os talib�s tamb�m foram acusados deste ataque.
A viol�ncia e os atentados s�o os principais obst�culos ao bom desenvolvimento das elei��es, admitiu a comiss�o eleitoral, que abriu centros de cadastramento nas escolas e mesquitas principalmente, custodiadas pela pol�cia.
"A inseguran�a � nosso principal desafio e nossa maior preocupa��o", disse � AFP o presidente da comiss�o, Abdul Baie Sayad.
Estas legislativas ser�o as primeiras desde 2010 e a primeira elei��o desde a presidencial de 2014.
Muitos afeg�os querem uma mudan�a na c�mara de deputados, de 249 assentos. Seu mandato terminou h� tr�s anos. Mas temem que as elei��es n�o sirvam para nada por fraudes e que os exponham a uma viol�ncia ainda maior.
O �ltimo atentado na capital afeg� havia sido em 21 de mar�o. Ao menos 30 pessoas morreram e 70 ficaram feridas. O grupo Estado Isl�mico reivindicou essa opera��o, cometida por um kamikaze.