(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Maduro � reeleito presidente da Venezuela, afirma Conselho Nacional Eleitoral


postado em 20/05/2018 23:26 / atualizado em 20/05/2018 23:43

(foto: / AFP / JUAN BARRETO )
(foto: / AFP / JUAN BARRETO )

O presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, foi reeleito com quase 6 milh�es de votos, apesar da profunda crise atravessada pelo pa�s, ap�s uma vota��o com moderada participa��o, boicotada pela oposi��o e n�o reconhecida por grande parte da comunidade internacional. O resultado foi dado pelo Conselho Nacional Eleitoral.


A vota��o deveria terminar oficialmente �s 18h00 (19h00 de Bras�lia), mas algumas escolas onde havia filas de eleitores ainda permaneciam abertas em v�rias partes do pa�s.


Maduro havia indicado mais cedo que os locais de vota��o continuariam a atender as pessoas que estavam na fila ap�s o final do hor�rio oficial.


O dia transcorreu de forma tranquila e com um moderado comparecimento dos eleitores.


Depois de votar em uma escola da zona oeste de Caracas, Maduro advertiu que "a vontade do povo venezuelano ser� respeitada aqui e no mundo". Tamb�m pediu o fim da "feroz campanha" dos Estados Unidos e de v�rios pa�ses contra seu governo.


"Teu voto decide: votos ou balas", completou Maduro, que deseja derrotar os apelos de absten��o promovidos pela coaliz�o opositora Mesa da Unidade Democr�tica (MUD).


Quase 20,5 milh�es de eleitores estavam registrados para votar em uma elei��o antecipada e de apenas um turno, que definiu um novo mandato de seis anos a partir de janeiro de 2019.


A MUD se recusou a participar por considerar o processo uma "fraude" para perpetuar Maduro no poder. Mas o ex-chavista Henri Falc�n ignorou a determina��o e � o principal rival do presidente nas urnas.



Com uma oposi��o dividida e seus principais l�deres sem direitos pol�ticos ou presos, al�m de um vasto poder institucional, com os militares � frente, Maduro tem tudo para conquistar um novo mandato, de acordo com os analistas.


Quase todas as pesquisas apontam empate t�cnico entre Falc�n e Maduro, mas uma elevada taxa de absten��o favoreceria o presidente, j� que o chavismo tem o voto fiel de 25% do eleitorado. O terceiro candidato � o pastor evang�lico Javier Bertucci.


Mas o clima nas ruas � de apatia: o cen�rio de apag�es, falta de comida, rem�dios, transporte e �gua, hiperinfla��o, com um sal�rio m�nimo que permite a compra de um quilo de leite em p�, provocou uma emigra��o em massa nos �ltimos quatro anos.

Maduro promete "prosperidade"


A Venezuela viveu no governo de Maduro, ex-motorista de �nibus e sindicalista, de 55 anos e no poder desde 2013, uma das maiores crises da economia mundial em meio s�culo, de acordo com o FMI, que calcula uma queda de 15% do PIB e uma hiperinfla��o de 13.800% para 2018.


O pa�s e a petroleira PDVSA foram declaradas em default parcial em 2017. A produ��o de combust�vel est� no pior n�vel em 30 anos.


Maduro, no entanto, promete prosperidade.


"A economia que existe hoje n�o nos serve porque foi infectada de neoliberalismo", disse o governante, que alega n�o ser um "novato" como em 2013.


Apesar da reprova��o de 75% dos venezuelanos a sua gest�o, Maduro se beneficia dos eleitores leais ao falecido Hugo Ch�vez (que foi presidente de 1999 a 2013) e da depend�ncia de setores populares de programas sociais e clientelistas.


Falc�n, ex-militar da reserva, de 56 anos, promete dolarizar a economia, devolver empresas expropriadas pelo chavismo e permitir a entrada de ajuda humanit�ria no pa�s.


Em v�rias cidades ao redor do mundo, venezuelanos convocaram protestos contra as elei��es.


Muitos culpam o governo socialista pelo colapso, enquanto Maduro atribui a situa��o a uma "guerra econ�mica" da oposi��o de direita aliada a Washington.


Neste domingo, o papa Francisco rezou pela Venezuela: "Pe�o ao Esp�rito Santo que d� a todo o povo venezuelano, a todos, governantes, povo, a sabedoria para encontrar o caminho da paz e da unidade".


Futuro sombrio 


Em apoio � MUD, Estados Unidos, Canad�, Uni�o Europeia (UE) e v�rios pa�ses latino-americanos afirmam que a elei��o n�o � justa nem transparente e acusam Maduro de sufocar a democracia.


"As chamadas elei��es de hoje na Venezuela n�o s�o leg�timas", escreveu no Twitter a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert.


"Os Estados Unidos est�o ao lado das na��es democr�ticas no mundo que apoiam o povo venezuelano e seu direito soberano de escolher seus representantes em elei��es livres e justas", completou.


"T�m que nos reconhecer", afirmou mais cedo Maduro, antes de reiterar sua "irrita��o" por pa�ses como Estados Unidos e Fran�a o chamarem de "ditador".


Quase todas as pessoas do c�rculo presidencial s�o objetos de san��es da UE e de Washington, que incluiu na sexta-feira em sua lista o temido dirigente Diosdado Cabello, n�mero dois do chavismo, vice-presidente do Partido Socialista Unido (PSUV), acusado de narcotr�fico e corrup��o.


Quase 70 autoridades venezuelanas - incluindo Maduro - s�o objetos de san��es, com bloquei o de bens e proibi��o de vistos.


Estados Unidos, pa�s para o qual a Venezuela vende um ter�o de sua produ��o de petr�leo, proibiu que seus cidad�os negociem d�vida venezuelana e amea�a adotar um embargo petroleiro.


Mas Maduro confia na ajuda de seus aliados China e R�ssia, assim como no apoio, at� agora incondicional, da c�pula militar.


"A crise � t�o severa que pode provocar uma fric��o dentro da alian�a c�vico-militar governante ou uma ruptura social de maior escala", advertiu o Crisis Group.


Mais de 300.000 soldados foram mobilizados para garantir a seguran�a da vota��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)