Longe do pa�s pelo qual arriscaram suas vidas, seis veteranos mexicanos deportados dos Estados Unidos chegaram na segunda-feira � fronteira entre as duas na��es para prestar um tributo aos soldados americanos mortos em guerras no "Memorial Day".
O grupo prestou homenagem � bandeira dos Estados Unidos na fronteira entre Ciudad Ju�rez, no estado de Chihuahua, e El Paso, Texas.
"Me sinto mais americano que Donald Trump, porque eu arrisquei a vida por este pa�s", declarou Jos� Francisco L�pez Moreno, de 72 anos, que lutou no Vietn� e foi deportado em 2004 para Ciudad Ju�rez.
Panchito, como � chamado pelos amigos, abriu h� 13 meses a Casa de Apoio a Veteranos Deportados Ju�rez, que tem atualmente 24 pessoas.
"Somos deportados pelo resto da vida e o �nico modo de retornar � morto, na verdade", disse Iv�n Oc�n, de 41 anos, deportado em 2016, depois de servir em 2003 na fronteira do Iraque com a Jord�nia na opera��o 'Iraqi Freedom'.
"Dizem 'oh, sim, vamos trazer nosso veterano... enterr�-lo aqui, fazer as honras'. Por qu� n�o somos honrados quando estamos vivos?", questiona.
L�pez e Oc�n afirmaram que pelo menos 12 veteranos deportados morreram no M�xico, enquanto outros 300 vivem em diversas cidades, principalmente em Tijuana.
"Precisamos que as pessoas (nos Estados Unidos) falem com os governadores, escrevam aos congressistas, para que apoiem uma lei (...) para que deem visto aos veteranos e n�o sejamos deportados", disse Oc�n.
Al�m das casas de apoio a veteranos em Tijuana e Ciudad Ju�rez, outras resid�ncias est�o sendo criadas em Monterrey, assim como em Honduras e Jamaica.
H�ctor Barajas, fundador da casa de Tijuana, recebeu h� alguns meses a cidadania americana, apesar de ter sido deportado. O atenuante foi que havia cometido um delito estatal e n�o um federal como a grande maioria dos que vivem em Ju�rez.