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Estado de Minas

Helsinque, um lugar neutro para as c�pulas entre Washington e Moscou


postado em 16/07/2018 10:30

A c�pula entre Vladimir Putin e Donald Trump � a quarta deste tipo realizada na capital finlandesa em mais de quatro d�cadas, depois das de Ford-Brezhnev (1975), Bush-Gorbachev (1990) e Clinton-Yeltsin (1997).

Mas para Trump e Putin, a situa��o � muito diferente: a URSS � coisa do passado, o presidente americano est� perdendo a simpatia dos aliados europeus de Yalta, a R�ssia est� envolvida em opera��es com ocidentais e a Finl�ndia nunca se mostrou t�o pr�xima dos Estados Unidos e da Otan.

O encontro entre os chefes de Estado russo e americano, um dia depois da final do Mundial da R�ssia-2018, visa a reanimar rela��es mais deterioradas do que nunca.

S�o tr�s horas de trem da antiga capital dos czares - e uma hora de avi�o dos pa�ses b�lticos, membros da Otan - para Helsinque, que foi um verdadeiro ninho de espi�es a partir dos anos 1950.

A cidade foi, em v�rias ocasi�es, um terreno neutro no qual os dirigentes americanos e sovi�ticos - antes dos russos - restabeleceram suas rela��es.

"A Finl�ndia oferecia uma boa fun��o durante a Guerra Fria, sua neutralidade consistia em tra�ar pontes [entre o Leste e o Oeste] e marcar sua neutralidade nas rela��es entre as grandes pot�ncias", recorda, em declara��es � AFP, Teija Tiilikainen, diretora do Instituto Finland�s de Assuntos Internacionais.

Em Helsinque foram assinados, em 1o. de agosto de 1975, os acordos de igual nome que, para muitos, contribu�ram para a pol�tica de distens�o, e foram assinados por Gerald Ford e Leonid Brezhnev.

- Distens�o -

O texto impunha que as grandes pot�ncias respeitassem as fronteiras de 1945, tal como Rossevelt, Stalin e Churchill tra�aram em Yalta. Tamb�m aludia, pela primeira vez, aos direitos humanos, uma cr�tica a Moscou, cujas pris�es estavam repletas de dissidentes.

Em 1990, um ano antes da queda do bloco sovi�tico, a Finl�ndia organizou a �ltima c�pula URSS-EUA, com os presidentes Mikhail Gorbachev e George Bush.

"A Finl�ndia sempre mostrou sua rejei��o � l�gica de blocos que desempenhou um papel importante na distens�o", afirma uma fonte diplom�tica � AFP.

O �ltimo grande encontro entre um presidente russo e um americano em Helsinque foi em 1997, com Boris Yeltsin e Bill Clinton.

A reuni�o terminou com v�rios avan�os como o controle de armamento e a abertura da Otan aos antigos sat�lites da Uni�o Sovi�tica.

Depois, a situa��o na Finl�ndia mudou radicalmente.

A Finl�ndia havia pertencido � Su�cia durante seis s�culos, at� 1809, foi um grande ducado russo - at� 1917 -, e tamb�m teve de enfrentar o Ex�rcito Vermelho durante o inverno de 1939-1940 e entre junho de 1941 e setembro de 1944.

Por isso, uma vez que ficou definitivamente libertada do jugo sovi�tico, tentou evitar despertar o urso russo. Dessa forma, os dirigentes finlandeses se recusaram a realizar qualquer tipo de cr�tica p�blica durante a Guerra Fria, uma posi��o controvertida e definida como "finlandiza��o".

- Papel de presidente -

Mas depois da queda da URSS, o pa�s se apressou em virar na dire��o do Ocidente e, em 1995, aderiu � Uni�o Europeia. N�o chegou ao ponto de se unir � Otan, mas passou a fazer parte de sua Associa��o para a Paz em 1994.

A Finl�ndia n�o pode cortar os la�os com seu poderoso vizinho russo - com quem compartilha 1.340 km de fronteira -, seu quinto s�cio comercial.

"Atualmente, a Finl�ndia mant�m rela��es bastante boas com os russos [...] e tamb�m mant�m estreitas rela��es com os Estados Unidos, mais pr�ximas que no passado", indica Juhana Aunesluoma, diretor do centro de estudos europeus da Universidade de Helsinque.

Neste sentido, o papel do presidente Sauli Niinist� � fundamental. Foi um dos primeiros a felicitar Donald Trump por sua elei��o como presidente em 2016 e incluiu Vladimir Putin nas celebra��es do centen�rio da independ�ncia.


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