O estado de Nebraska realizou nesta ter�a-feira (14) sua primeira execu��o com fentanil, um opi�ceo que est� no centro de uma crise de mortes por overdose nos Estados Unidos, como parte de uma combina��o de quatro medicamentos que n�o tinha sido testada.
Carey Dean Moore, de 60 anos, condenado � morte por dois assassinatos cometidos em 1979, foi o primeiro preso executado em 21 anos neste estado rural do centro do pa�s e tamb�m o primeiro a morrer com inje��o letal que cont�m fentanil.
Moore foi declarado morto �s 10H47 locais (12H47 de Bras�lia), em uma execu��o que durou aproximadamente 20 minutos, segundo Scott Frakes, diretor do Departamento de Servi�os Correcionais de Nebraska.
Foi uma prova crucial para este estado, onde o Legislativo aboliu em 2015 a pena de morte, mas os eleitores a restabeleceram no ano seguinte em um referendo. A �ltima execu��o, em 1997, foi executada na cadeira el�trica.
"Reconhe�o que as execu��es atualmente impactam muita gente em muitos n�veis", disse Frakes, acrescentando que a inje��o letal foi aplicada com "profissionalismo, respeito ao processo e dignidade para todos os envolvidos".
O coquetel continha quatro subst�ncias, inclusive tr�s que nunca tinham sido utilizadas durante uma execu��o, o que demonstra a dificuldade que tiveram os estados do pa�s para obter medicamentos usados anteriormente em execu��es.
O protocolo consiste em sedativo diazepam, o poderoso analg�sico fentanil, o relaxante muscular cisatrac�rio e cloreto de pot�ssio, que para o cora��o.
S� o pot�ssio foi utilizado antes em execu��es.
Na semana, o fabricante alem�o de medicamentos Fresenius Kabi impugnou a execu��o de Morre na corte, ao acreditar que era a fonte de dados de duas destas drogas e alegando que foram adquiridas ilegalmente.
O estado insistiu em que os medicamentos foram obtidos legalmente e um juiz federal lhes deu raz�o. Na segunda-feira, uma corte de apela��es tamb�m se posicionou contra a empresa alem�.
Moore esteve no corredor da morte por 38 anos e disse que n�o queria mais demora.
O homem foi sentenciado � pena capital em 1980 pelo assassinato de dois taxistas com cinco dias de diferen�a. Ele admitiu ter matado o primeiro em um assalto cometido com seu irm�o.
Ao dizer suas �ltimas palavras, Moore fez alus�o a uma declara��o por escrito com data de 2 de agosto, na qual se referia a seus companheiros que permanecem no corredor da morte em Nebraska que se dizem inocentes.
"Eu sou culpado, eles n�o", escreveu. "Por que devem permanecer ali mais um dia?". Moore tamb�m pediu perd�o ao seu irm�o.