A ONU pediu nesta quinta-feira aos pa�ses latino-americanos que continuem acolhendo os refugiados venezuelanos e denunciou as novas exig�ncias nas fronteiras implementadas pelo Equador e o Peru.
Em um comunicado conjunto, o Alto Comiss�rio das Na��es Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, e o diretor-geral da Organiza��o para as Migra��es, William Lacy Swing, pediram um apoio maior da comunidade internacional � medida que o �xodo aumenta.
Tamb�m se declararam "preocupados diante de v�rios acontecimentos recentes que afetam os refugiados e imigrantes que procedem da Venezuela".
As duas ag�ncias da ONU se referiam, em particular, aos novos requisitos de passaporte e entrada nas fronteiras do Equador e do Peru, bem como as modifica��es introduzidas nas autoriza��es tempor�rias de resid�ncia para os venezuelanos no Peru.
A Col�mbia, que recebeu mais de um milh�o de venezuelanos nos �ltimos 16 meses, e regularizou temporariamente 820.000 deles, denunciou a medida tomada por seus vizinhos, alegando que favorece as migra��es clandestinas.
Por outro lado, mais de 400.000 venezuelanos entraram no Peru nos �ltimos dois anos, no �mbito da pol�tica de portas abertas que inicialmente ofereceu as autoridades ante a crise social e econ�mica que a Venezuela est� vivenciando.
O Peru decidiu ent�o exigir um passaporte para os venezuelanos que fugiam de seu pa�s natal, quando detectaram sua entrada com falsas cedulas.
As tens�es migrat�rias tamb�m est�o aumentando em outros pa�ses da Am�rica Latina, como o Brasil, onde houve violentos dist�rbios entre migrantes e a popula��o da cidade de Pacaraima, em Roraiam, no final de semana.
Em fun��o da situa��o, o governo brasileiro anunciou que mais de mil venezuelanos que permanecem no estado de Roraima ser�o distribu�dos por outras cidades do Brasil.
Desde o in�cio do ano, 820 venezuelanos foram transferidos para outras cidades brasileiras, incluindo S�o Paulo e Manaus.
Segundo a OIM e o ACNUR, dos 2,3 milh�es de venezuelanos que vivem no exterior, mais de 1,6 milh�o fugiram desde 2015, quando o pa�s mergulhou em uma grave crise econ�mica e pol�tica.
Noventa por cento deles se refugiaram em pa�ses da regi�o.
Segundo a ONU, os mais vulner�veis, como adolescentes, mulheres, pessoas que buscam familiares e crian�as desacompanhadas, "n�o t�m capacidade de atender aos requisitos de documenta��o e, portanto, correm maior risco de explora��o, tr�fico e viol�ncia".
"Reconhecemos os crescentes desafios enfrentados pela chegada em grande escala dos venezuelanos", admitiu Grandi admitiu, enfatizando "que � essencial que qualquer nova medida continue a permitir que aqueles que precisam de prote��o internacional, que precisam de seguran�a, possam fazer seu pedido de asilo".
- Reuni�o de 13 pa�ses -
O Equador, pa�s de passagem para muitas pessoas tentando chegar ao Peru, Chile ou Argentina, convidou os ministros das Rela��es Exteriores de 13 estados da regi�o - incluindo a Venezuela - para uma reuni�o em 17 e 18 de setembro para discutir este importante fluxo de pessoas.
Na quarta-feira, a Col�mbia anunciou que propor� � ONU a designa��o de um enviado especial para coordenar uma resposta regional � crise causada pela migra��o incomum de venezuelanos em todo o continente, informou o ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Holmes Trujillo.
A autoridade venezuelana antecipou que o governo levar� a proposta para a pr�xima Assembl�ia Geral das Na��es Unidas.
