Centenas de f�s homenagearam nesta ter�a-feira (28) a lend�ria cantora americana Aretha Franklin, que � velada com seu caix�o aberto em Detroit, no in�cio de uma cerim�nia que durar� quatro dias.
"Desabei quando a vi. Ela estava linda", conta � AFP Monique Valentine, moradora de Detroit. "Foi simplesmente uma experi�ncia incr�vel. Eu estava feliz de estar ali".
Amada por milh�es de pessoas em todo o mundo, a "Rainha do soul" morreu em 16 de agosto, concluindo uma extraordin�ria carreira de seis d�cadas que a transformou em uma das artistas mais c�lebres dos Estados Unidos, igualmente admirada por seu trabalho em favor dos direitos civis.
Nesta ter�a-feira, um cortejo de homens com luvas brancas trasladou seu caix�o de ouro ao Museu de Hist�ria Afro-americana Charles H. Wright, onde f�s acamparam a noite toda para dar o �ltimo adeus a Franklin, segundo meios locais.
Espera-se que milhares de pessoas se despe�am da cantora entre 09H00 e 21H00 desta ter�a e de quarta-feira, ao que seguir� um homenagem na Igreja Batista de New Bethel de seu pai, na quinta-feira.
- 'Em uma nuvem' -
"Obrigada rainha, obrigada por todos esses anos em que nos amou", disse uma mulher que dan�ava com amigos do lado de fora do museu.
Aretha Franklin � considerada parte da realeza em sua cidade natal de Detroit, no estado de Michigan (norte).
Para l� viajaram f�s de todas as partes, que esperaram sua vez do lado de fora do museu, sob um sol escaldante.
Cinco amigas, vestindo camisetas com o nome da cantora, contaram � AFP que vieram dirigindo de Chicago para se despedir da "Rainha do Soul".
"Foi sublime, como se ela estivesse em uma nuvem. Parecia estar em paz, magn�fica", disse Clemey Robinson.
"� a rainha. � um �cone, uma lenda. � uma honra poder estar aqui para prestar-lhe uma homenagem", disse um cidad�o de Detroit ao canal 4 News.
"Sua m�sica mudou a vida de muitos e me sinto honrado de estar aqui", disse outro f�, que viajou a partir de Toledo, Ohio. "Chegou a tanta gente; � uma b�n��o", disse � mesma rede.
Rosa Parks, personalidade dos direitos civis, foi levada ap�s sua morte, em 2005, ao mesmo museu de Detroit onde Franklin descansar�.
Na noite de quinta-feira ser� realizado um show gratuito para recordar Franklin, antes de seu funeral, no Greater Grace Temple na sexta-feira, onde est�o previstas apresenta��es de estrelas como Stevie Wonder e Jennifer Hudson.
Al�m disso, espera-se que personalidades como o ex-presidente americano Bill Clinton, Smokey Robinson e Jesse Jackson, l�der de direitos civis, compare�am � cerim�nia.
- Quebrar os preconceitos -
Ao longo de seus 76 anos, a cantora de gospel, soul e R&B; influenciou gera��es de cantores com sucessos inesquec�veis como "Respect" (1967), "Natural Woman" (1968) e "I Say a Little Prayer" (1968).
Franklin viveu a maior parte de sua vida em Detroit, a Cidade do Motor e lar da Motown Records, a primeira gravadora com um dono negro que ganhou fama nacional e ajudou a quebrar os preconceitos raciais.
Em 2005, recebeu a medalha presidencial da liberdade, a maior honra para um civil nos Estados Unidos, das m�os do ent�o presidente George W. Bush.
Em 2010 sofreu graves problemas de sa�de, mas continuou se apresentando at� o ano passado. Seu �ltimo show em p�blico aconteceu em novembro de 2017, em Nova York, para arrecadar fundos para a funda��o de luta contra a aids de Elton John.
Franklin morreu rodeada de familiares e entes queridos, ap�s uma batalha contra o c�ncer no p�ncreas.