
A pequena localidade de Atsuma, pr�xima ao epicentro do tremor, foi a que mais sofreu, com 14 mortos.
Durante toda a noite, os socorristas buscaram sobreviventes, com a ajuda de escavadeiras e c�es farejadores, um trabalho dificultado por tremores secund�rios.
"Muitas pessoas seguem sob a terra. Trabalhamos sem descanso mas os esfor�os de resgate s�o dif�ceis", comentou um militar das For�as de Autodefesa � rede de televis�o NHK.
"Faremos todo o poss�vel para encontr�-las rapidamente", acrescentou.
Fotografias a�reas mostraram montanhas literalmente divididas em dois por deslizamentos de terra que arrancaram todas as �rvores na encosta e enterraram casas inteiras.
Militares das for�as de autodefesa chegaram � �rea para participar de opera��es de resgate. Cerca de 25.000 soldados foram mobilizados.
O epicentro do tremor foi situado 62 km a sudeste da capital regional, Saporo, apenas dois dias ap�s um tuf�o causar importantes danos na regi�o ocidental de Osaka.
O terremoto foi seguido por um abalo secund�rio de 5,3 graus e por outros tremores menores.
"N�o tenho palavras... Moro aqui h� 20 anos, n�o sei o que dizer", confessou um jovem habitante da cidade.
Cerca de 22.000 agentes e 75 helic�pteros foram mobilizados para as opera��es de resgate e para ajudar as fam�lias afetadas.
Ap�s um corte de eletricidade devido � paralisa��o de todas as usinas da regi�o, 40% da popula��o da ilha j� tinha recuperado o fornecimento na manh� desta sexta-feira, segundo a empresa Hokkaido Electric. Mas cerca de 1,6 milh�o de pessoas continuam sem energia.
"Vai ser preciso uma semana" para que a principal central el�trica volte a operar nornalmente, indicou o ministro da Ind�stria, Hiroshige Seko. At� l�, ele pediu que a popula��o reduza seu consumo e "aos membros de uma mesma fam�lia permane�am juntos em uma s� casa".
Os servi�os de transporte regressavam progressivamente � normalidade e os trens de alta velocidade voltam a circular na parte da tarde.
O aeroporto de Sapporo voltou a operar, ap�s permanecer fechado na quinta-feira, quando foram anulados mais de 200 voos.
Mas a partida de futebol entre as sele��es de Jap�o e Chile, prevista para esta sexta-feira, foi cancelada.
As autoridades alertaram para o risco de novos tremores: "Fortes abalos secund�rios ocorrem geralmente nos dois, ou tr�s, dias seguintes", disse Toshiyuki Matsumori, encarregado de vigil�ncia de tsunamis e terremotos da ag�ncia meteorol�gica.
"O risco de desabamento de casas e de deslizamentos de terra pode ter aumentado nas zonas que sofreram fortes abalos. Pedimos � popula��o que preste aten��o na atividade s�smica e nas chuvas, e que evitem as zonas de risco", advertiu Matsumori.