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Estado de Minas INTERNACIONAL

�xodo venezuelano est� se acelerando, alerta comiss�ria da ONU Michelle Bachelet


postado em 10/09/2018 08:15

O �xodo de venezuelanos para pa�ses vizinhos se acelera. O alerta � da nova alta comiss�ria da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Em seu primeiro discurso diante do Conselho de Direitos Humanos da entidade nesta segunda-feira, 10, a ex-presidente do Chile apontou que se � necess�rio ajudar os pa�ses fronteiri�os a acolher essa massa de pessoas, s�o as viola��es sofridas por essa popula��o na Venezuela que devem ser sanadas para que o fluxo seja interrompido.

Na avalia��o de Bachelet, assim como na Nicar�gua, a Venezuela registra "s�rias viola��es de direitos humanos". "Cerca de 2,3 milh�es de pessoas deixaram o pa�s at� o dia 1 de julho, o que representa 7% do total da popula��o, diante de falta de alimentos ou acesso a rem�dios e sa�de, inseguran�a e persegui��o pol�tica", disse a chilena. "Esse movimento est� se acelerando", alertou.

"Na primeira semana de agosto, mais de 4 mil venezuelanos por dia entraram no Equador, 50 mil venezuelanos chegaram na Col�mbia em um per�odo de tr�s semanas em julho, e 800 venezuelanos por dia est�o agora entrando no Brasil", disse Bachelet.

"O movimento dessa magnitude � sem precedentes na hist�ria recente das Am�ricas e a vulnerabilidade deles que deixam o pa�s tamb�m aumenta", afirmou, destacando para a situa��o dif�cil de idosos, mulheres gr�vidas e crian�as.

De acordo com ela, desde que a ONU publicou seu �ltimo informe, a entidade continuou a receber informa��o sobre viola��es de direitos sociais e econ�micos, tais como cases de mortes relacionadas por m� nutri��o, assim como viola��es de direitos pol�ticos, incluindo deten��es arbitr�rias e restri��o de liberdade de express�o. "O governo n�o mostrou abertura para medidas genu�nas de responsabilidade", criticou.

Outro alerta feito por Bachelet se refere � situa��o da Nicar�gua. "O n�mero de pessoas deixando o pa�s est� aumentando de forma exponencial como resultado da atual crise no pa�s, incluindo a deteriora��o de direitos humanos", disse. Seu escrit�rio j� denunciou o uso desproporcional da for�a pela pol�cia, assassinatos extrajudiciais, desaparecimentos e outros crimes.

"Cerca de 400 pessoas foram mortas e pelo menos 2 mil foram feridos", disse. "Lamentamos a decis�o do governo de expulsar nossa equipe e apelo ao Conselho para fortalecer o monitoramento sobre o pa�s", pediu Bachelet aos governos na ONU.

Ela, por�m, fez quest�o de alertar aos pa�ses que recebem refugiados a n�o fechar suas fronteiras e criticou grupos pol�ticos que t�m usado o medo como instrumento para ganhar apoio popular. Sua avalia��o � de que muros, pol�ticas que promovem o medo, separa��o de fam�lias e outras medidas dessa natureza n�o representam "solu��es de longo prazo para ningu�m" e "apenas ampliam a mis�ria e sofrimento". Bachelet pediu que pol�ticas sejam estabelecidas com base "na realidade, e n�o em p�nico".

Refugiados

A ex-presidente do Chile tamb�m criticou as barreiras impostas por pa�ses ricos ao fluxo de refugiados e imigrantes. Ela atacou a lei aprovada na Hungria que permite que a pol�cia prenda e denuncie como crime a presen�a de advogados e volunt�rios em locais de fronteira. Bachelet tamb�m acusa o governo de n�o distribuir alimentos que est�o em armaz�ns aos refugiados detidos nas fronteiras.

Outro ataque foi dirigido aos EUA, acusados pela chilena de n�o terem lidado ainda com os 500 menores que foram retirados de seus pais em locais de fronteira. Ela ainda se diz preocupada diante da decis�o do governo americano de manter a deten��o de migrantes por mais de 20 dias.

Bachelet ainda criticou as pol�ticas europeias para migra��o, alertando que o bloco precisa garantir que a prote��o aos direitos humanos seja mantida. "O governo da It�lia tem negado a entrada de barcos de resgate de ONGs", disse. "Esse tipo de postura pol�tica tem consequ�ncias devastadoras para muitas pessoas j� vulner�veis", alertou.

Ela lembra que, apesar de o n�mero de migrantes ter ca�do pelo Mediterr�neo, a taxa de fatalidade � a maior j� registrada. A chilena ainda concluiu seu informe com um alerta sobre o fortalecimento de discursos de �dio e atos racistas pelas Europa.


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