Autoridades latino-americanas se comprometeram a enfrentar a desigualdade sofrida pelas mulheres, pelos afrodescendentes e pelos grupos ind�genas, segundo uma declara��o assinada nesta quinta-feira (13) no Panam�, ao concluir uma reuni�o patrocinada pela ONU.
De acordo com a declara��o, "� a necessidade imposterg�vel de continuar trabalhando para superar as desigualdades que caracterizam a regi�o da Am�rica Latina e do Caribe", disse a jornalistas La�s Abramo, diretora de Desenvolvimento Social da Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina (Cepal).
Os governos latino-americanos se comprometeram a "eliminar as condi��es que geram desigualdades e se expressam em situa��es de discrimina��o, viol�ncia de g�nero e exclus�o social" com as mulheres.
Al�m disso, reafirmaram a necessidade de impulsionar pol�ticas para erradicar a discrimina��o de popula��es afrodescendentes e ind�genas.
Durante dois dias, 40 autoridades de 20 pa�ses, incluindo ministros e principalmente l�deres relacionados ao desenvolvimento social, se reuniram no Panam� para examinar o progresso da regi�o no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustent�vel (ODS).
Esses ODS s�o um conjunto de compromissos adotados em 2015 por 193 l�deres mundiais para erradicar a pobreza e a desigualdade em 2030.
Segundo os especialistas, a desigualdade n�o se mede apenas em rela��o � renda, mas tamb�m pelo acesso a servi�os b�sicos de sa�de ou educa��o, equidade salarial e possibilidade de acesso a cargos pol�ticos ou gerenciais.
Nesse sentido, as mulheres, os afrodescendentes e os ind�genas s�o os que mais sofrem com a desigualdade na regi�o, segundo a ONU.
"Na regi�o da Am�rica Latina e do Caribe, a supera��o da pobreza significa, principalmente, superar a desigualdade, e a desigualdade n�o � apenas sobre a renda, mas sobre os direitos das pessoas", disse Abramo.
