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Estado de Minas

Presidente em final de mandato nas Maldivas reconhece derrota


24/09/2018 09:42

O homem forte das Maldivas, o presidente em final de mandato Abdulla Yameen, reconheceu nesta segunda-feira (24) sua inesperada derrota frente ao candidato da oposi��o Ibrahim Mohamed Solih.

"Os cidad�os das Maldivas decidiram o que querem. Aceitei os resultados de ontem", declarou Yameen, que presidiu um governo que liderou uma repress�o feroz contra qualquer dissid�ncia desde sua chegada ao poder em 2013.

Em um discurso exibido pela televis�o, Yameen disse que se reuniu com seu rival e o parabenizou.

"Vou garantir uma transi��o tranquila", acrescentou o presidente, que deixar� o governo em 17 de novembro.

Ap�s cinco anos de um governo com m�o de ferro, a oposi��o e a comunidade internacional temiam que Yameen rejeitasse os resultados das elei��es, em caso de derrota.

Contra todas as previs�es, seu rival, Ibrahim Mohamed Solih, pouco conhecido entre o eleitorado, obteve no domingo 58,3% dos votos, de acordo com os resultados preliminares da Comiss�o Eleitoral das Maldivas.

Os partid�rios de sua sigla, o Partido Democr�tico das Maldivas (PDM), festejaram durante a noite a not�cia da vit�ria por todo arquip�lago do Oceano �ndico, com as bandeiras amarelas do partido e dan�ando pelas ruas.

A taxa de participa��o entre os 262.000 eleitores desse pa�s com mais de 340.000 habitantes, foi de 89,2% na terceira elei��o presidencial da hist�ria das Maldivas.

O resultado oficial final ser� anunciado durante a semana, o tempo estimado para a Comiss�o Eleitoral realizar o processo de verifica��o.

"� dif�cil adivinhar o que Yameen vai fazer", declarou � AFP o reitor da Jindal School of International Affairs, Seeram Chaulia.

"Mas qualquer tentativa de sua parte de modificar os resultados a seu favor e privar a oposi��o de sua vit�ria prejudicaria seriamente a pouca credibilidade e legitimidade que sobraram", concluiu.

A �ndia, pot�ncia regional que desaprovava a aproxima��o da China sob a presid�ncia de Yameen, parabenizou o candidato da oposi��o.

E os Estados Unidos, que criticavam, assim como a Uni�o Europeia, Yameen por sua repress�o, pediram "calma e respeito pela vontade do povo".

Apesar de as Maldivas evocarem luas de mel e praias paradis�acas no imagin�rio das pessoas, a situa��o pol�tica deste pequeno pa�s do oceano �ndico � bem menos radiante.

Antes da vota��o, a oposi��o e os observadores internacionais expressaram sua preocupa��o, denunciando a tentativa do chefe de Estado das Maldivas de "roubar" as elei��es.

A maioria dos jornalistas estrangeiros n�o obteve visto para cobrir as elei��es.

No in�cio do ano, Yameen imp�s 45 dias de estado de emerg�ncia, descontente com uma decis�o do Supremo Tribunal que anulou as condena��es de opositores.

Depois de uma s�rie de deten��es, incluindo a de dois ju�zes do Supremo Tribunal e do ex-autocrata do arquip�lago Maumoon Abdul Gayoom (1978-2008), o tribunal finalmente voltou atr�s em sua decis�o.

Ap�s a chegada ao poder, em circunst�ncias pol�micas, os observadores acreditavam que este burocrata sem carisma de 59 anos seria apenas um fantoche de seu meio-irm�o Maumoon Abdul Gayoom. Desde 2013, por�m, Yameen se imp�s como o mestre absoluto.

Alguns dos l�deres da oposi��o tiveram de se exilar, como o ex-presidente Nasheed, que vive entre o Reino Unido e o Sri Lanka.


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