
Ashkin ficar� com metade do pr�mio de 1,01 milh�o de d�lares, enquanto Mourou e Strickland dividir�o a outra metade, anunciou o j�ri do pr�mio em Estocolmo.
Suas descobertas "revolucionaram a f�sica do laser e os instrumentos de precis�o avan�ada que abrem campos inexplorados de pesquisa e uma variedade de aplica��es industriais e m�dicas", anunciou a Real Academia de Ci�ncias de Estocolmo.
Ashkin, de 96 anos, a pessoa mais velha a receber um Nobel, foi premiado pela inven��o da "pin�a �ptica", um instrumento que permite manipular organismos extremamente pequenos, como c�lulas, part�culas, ou v�rus.
Em 1987, ele conseguiu manipular, sem danificar e conservando em meio est�ril, bact�rias vivas. Desde ent�o, as pin�as �pticas s�o usadas em laborat�rios para estudar os micro-organismos, mas tamb�m em tecnologias de ponta para o controle de microbombas, ou micromotores.
Mourou, 74 anos, e sua aluna Strickland, nascida em 1959 e apenas a terceira mulher premiada com o Nobel de F�sica, foram premiados em conjunto pelo desenvolvimento da t�cnica de amplifica��o do laser, chamada "Chirped Pulse Amplification (CPA)", que "gera os pulsos de laser mais curtos e mais intensos j� criados pela humanidade".
Al�m de sua contribui��o para a f�sica do v�cuo, ou dos buracos negros, esta t�cnica � utilizada na cirurgia oftalmol�gica.
Pouco depois do an�ncio, Strickland, professora da Universidade de Rochester, Estados Unidos, afirmou que estava honrada com o pr�mio, que apenas duas mulheres haviam recebido at� agora nesta categoria desde 1901.
"Pensei que seria mais f�cil premiar as mulheres f�sicas, (...) Espero que, com o tempo, as coisas aconte�am de modo mais r�pido", disse.
Marie Curie, que em 1911 recebeu o pr�mio de Qu�mica, venceu ao lado do marido Pierre em 1903 o Nobel de F�sica. Maria Goeppert Mayer venceu o pr�mio em 1963.
Os tr�s premiados de F�sica em 2018 s�o os vencedores de n�mero 207, 208 e 209 desde a cria��o do pr�mio.
A Academia Real estima que o pequeno n�mero de mulheres premiadas nas �reas cient�ficas se deve, em primeiro lugar, ao fato de que, por muito tempo, os laborat�rios foram fechados a elas.
"� uma pequena porcentagem" de laureadas, reconheceu nesta ter�a-feira o secret�rio-geral da Academia, G�ran Hansson.
"Mas estamos adotando medidas para encorajar mais indica��es de mulheres, porque tememos deixar passar" boas candidatas, ressaltou.
O diretor do Laborat�rio de �ptica Aplicada (LOA) e professor da �cole Polytechnique, G�rard Mourou, dedicou 40 anos de sua carreira aos lasers, encontrando aplica��es t�cnicas, ou m�dicas, especialmente na cirurgia oftalmol�gica, mas tamb�m na arqueologia.
Pai do conceito de "Extreme Light", Mourou ajudou na cria��o do Instituto de Luz Extrema (ILE) e do laser civil Apollon de Paris-Saclay (Essonne), que deve fornecer cinco petawatts, ou seja, 1/35º da energia solar recebida pela Terra. A longo prazo, deve dobrar sua pot�ncia.
Outros lasers est�o em constru��o na Infraestrutura Europeia ELI (Extreme Light Infrastructure), da qual Gerard Mourou � o iniciador, na Hungria, na Rom�nia e na Rep�blica Tcheca, que deve exceder a capacidade da Apollo.
No futuro, os pesquisadores esperam por m�ltiplas aplica��es, como o tratamento de res�duos nucleares (reduzindo sua dura��o de radioatividade), imagens m�dicas, tratamento de tumores e limpeza de �reas cheias de detritos.
A edi��o do Nobel deste ano come�ou na segunda-feira com a categoria Medicina. O americano James P. Allison e o japon�s Tasuku Honjo foram premiados por suas pesquisas sobre a capacidade do corpo de se defender contra o c�ncer.
Na quarta-feira, ser� anunciado o Nobel de Qu�mica, e o de Economia, na pr�xima segunda. Na sexta, ser� revelado em Oslo o vencedor do Nobel da Paz.
Pela primeira vez desde 1949, o an�ncio do Nobel de Literatura ser� adiado por um ano pela Academia Sueca. A institui��o enfrenta um esc�ndalo vinculado ao movimento #MeToo, com divis�es internas e a ren�ncia de v�rios membros, o que impede seu funcionamento normal.